Perante a ofensiva legal espanhola contra o Governo Catalão após a realização duma consulta não-vinculativa sobre a independência deste país, os partidos políticos que a promoveram fazem frente comum em apoio ao Presidente da Catalunha e dois dos seus Consellers (Ministros) acusados.
A carta autoinculpatória lembra, todavia, que o Parlamento Catalão aprovara no 13 de Novembro uma moção pela qual assumia de forma coletiva as consequências do processo participativo do dia 9 e que rejeitava a exigência de responsabilidades por via judicial, entre outras questões.
A carta está assinada por Jordi Turull (CiU; partido no poder), Marta Rovira (ERC; partido em coalizão de governo), Dolors Camats (ICV-EUiA) e David Fernández (CUP).
Por outra parte, algumas das autoinculpações feitas por diversos cidadãos particulares tiveram alguma cobertura mediática, como a carta escrita ao procurador geral do Estado espanhol por uma vizinha de Barcelona de 96 anos, ou a autoinculpação feita à delegacia da polícia espanhola da localidade de Igualada por parte de Ignasi Vich, membro do Comité Executivo do Círculo Catalão de Negócios.
Para "facilitar" as autoinculpações, acabou de se criar a associação Drets ('Direitos'), com tal de denunciar e apresentar-se legalmente como acusação popular contra os ataques de catalanofobia. Esta associação colocou no seu sítio um formulário para os cidadãos poderem se inculpar pela sua participação no 9-N.
Finalmente, a Assembleia Nacional Catalã convocou para esta segunda-feira (24) às 20 horas na praça Sant Jaume de Barcelona o primeiro acto de solidariedade com os inculpados da denúncia apresentada pela Procuradoria espanhola, com o lema "Nenhuma denúncia nos há de parar. Todos somos 9N".