Foto de En Marea - Os e as seis deputadas de Podemos que concorrérom sob a marca 'En Marea'
Os e as votantes que decidiram participar nas eleiçons espanholas celebradas no passado dia 20 de dezembro, e que figêrom inserindo o boleto da candidatura En Marea, levárom hoje umha surpresa: às maravilhas que iam chegar à Galiza graças à constituiçom em Madrid de um grupo parlamentar galego próprio composto polas 6 pessoas que entrárom no Congreso de los Diputados na coligaçom entre galeguistas e espanholistas -"pola primeira vez na História", como dizia no 20D Martinho Noriega, de Anova e Presidente da Cámara de Compostela -, terám que esperar.
Como era previsível, o regulamento da cámara foi aplicado e os e as seis galegas de En Marea ficarám integradas no grupo parlamentar de Podemos. Nem os dous assentos da En Marea que correspondiam à nacionalista Anova - o resto repartiam-se entre Podemos e Izquierda Unida - escaparám da disciplina de Pablo Iglesias. Idéntica cousa aconteceu com as candidaturas de coalizom nos Países Catalans, atingindo o grupo de Podemos os 69 assentos no Congresso e, aliás, levando para si também as e os deputados de IU nesses países.
A mais do que discutível importáncia de ter ou nom deputadas e deputados galegos a 'defender o país' (com as limitadas ferramentas da democracia burguesa espanhola) no Parlamento espanhol é um assunto secundário frente ao que revela a situaçom criada: a culminaçom e formalizaçom do completo submetimento de parte do nacionalismo galego institucional às linhas traçadas pola socialdemocracia espanhola candidata a subsitutir o PSOE.
Umha surpresa que nom é surpresa
Na verdade, o único que fai a definitiva conformaçom de um único grupo parlamentar em benefício das e dos nacionalistas espanhóis de Podemos e confirmar o engano massivo perpetrado pola organizaçom à sua audiência galega: a promessa de um grupo parlamentar diferenciado para En Marea choca com a normativa vigorante, que impede que um mesmo partido que se apresenta em vários territórios do Estado espanhol tenha o seu grupo parlamentar fragmentado. A isso somam-se, naturalmente, os particulares interesses dos outros partidos do Congreso, nomeadamente os de Partido Popular e Ciudadanos: essas duas forças do ultranacionalismo espanhol fôrom as que, com os seus votos, travárom a relaxaçom da normativa neste caso.