Para termos isso, é preciso romper com banqueiros, com o agronegócio, grandes empresários e multinacionais. Hoje quase metade do Orçamento federal é destinada ao pagamento dos juros da dívida aos banqueiros nacionais e internacionais. É simplesmente impossível mudar a situação da saúde e educação repassando metade do que se arrecada para o sistema financeiro.
Isenções
Outro dado que comprova a quem essa política econômica realmente interessa é a isenção concedida pelo governo à indústria. De 2010 a 2014, o governo Dilma deu o equivalente a R$ 15,5 bilhões à indústria. Agora, o que vemos, com essa recessão no setor? Demissões, suspensão de contratos, retirada de direitos e ameaças de demissões em massa. Além disso, no período, só o setor automobilístico se beneficiou em mais de R$ 8 bilhões em isenções de impostos e remeteu ao exterior US$ 15,4 bilhões de lucros às matrizes, mais de R$ 30 bilhões. Ou seja, os governos estão financiando as demissões e as remessas de lucro para fora.
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Para mudar a vida da população e dos trabalhadores, é preciso parar de pagar a dívida e destinar 10% do PIB para a educação pública, 10% na Saúde, investir no transporte público, estatizando o sistema e colocando-o a serviço do povo, investir em moradia popular para acabar com o déficit habitacional, estatizar o agronegócio e colocá-lo sob controle dos trabalhadores e também fazer a reforma agrária. É preciso ainda acabar com as isenções e subsídios bilionários às grandes empresas, aumentar os salários dos trabalhadores e estatizar as empresas que fecharem ou demitirem.
Trabalhadores
Ou seja, é preciso um governo dos trabalhadores, sem patrões, que ponha um fim ao genocídio da juventude negra nas periferias, legalizar as drogas e desmilitarizar a Polícia Militar. Que adote políticas concretas para as mulheres, sobretudo as mulheres trabalhadoras, legalizando o direito ao aborto e combatendo a violência machista, assim como a violência contra os LGBTTs.
Aécio, Marina e Dilma têm compromisso com os capitalistas nacionais e estrangeiros, que financiam suas campanhas milionárias. Temos consciência de que essas eleições controladas pelo poder econômico, bancos, grandes empresas e empreiteiras não vão mudar o país. Tampouco esse parlamento corrupto. O que garante o atendimento dessas reivindicações é a organização e a luta da classe trabalhadora, dos setores populares e da juventude. Votando no PSTU você estará fortalecendo essa luta, a luta pela construção de uma alternativa classista e socialista para o Brasil.
Zé Maria é candidato a presidente pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) nas eleições de outubro/2014.
Nota:
A revista Caros Amigos pretende publicar até as eleições artigos assinados pelos candidatos a presidente dos partidos de esquerda defendendo sua candidatura - PCB, PSTU, PSol, PT e PCO. Foi proposto aos partidos/candidatos escreverem sob uma mesma pergunta: "Por que votar em ...?". O objetivo é dar visibilidade às ideias, propostas e posicionamento político de cada um dos candidatos em um espaço dedicado ao pensamento progressista.