A transição socialista tem que assumir a forma de um processo de desmercantilização das relações sociais, ao mesmo tempo em que organiza a sociedade com base em um novo modo de vida, desenvolvendo os seres humanos em todos os sentidos. A única maneira de fazer o contraponto ao poder do capital é formar um poder dos trabalhadores e da maioria da população.
Com o Poder Popular reverteremos a atual tendência de retirada e flexibilização de direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora, avançando para conquistas como a estabilidade no emprego, a recomposição dos salários com ganhos reais, o fim do desemprego, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, dentre outros.
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A defesa e a garantia dos direitos dos trabalhadores, da vida e da dignidade humana caminham juntas com a luta implacável contra a exploração da classe trabalhadora, das diversas opressões de gênero, sexo, regionalidade e etnia.
O Brasil, governado pelo Poder Popular, desempenhará papel decisivo na luta anti-imperialista e pelo socialismo em todo o mundo, buscando formar um polo de nações e povos que lutam contra o imperialismo e em favor de sociedades que se disponham a ter relações solidárias, complementares e pacíficas em todas as esferas, num movimento que se contraponha à ONU, dentro e fora dela.
Este projeto deve começar pela América Latina, onde o imperialismo, sobretudo o norte-americano, amplia sua ação violenta, diante das mudanças na região. Nosso programa político prevê: construção do Poder Popular, no rumo de uma Constituinte Popular, livre e soberana. Queremos uma reforma agrária radical e imediata reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos, estatização de todo o sistema financeiro, saúde pública e SUS 100% público, estatal e gratuito e por um país sem manicômios. No que diz respeito a política cultural, nossa é para garantir o acesso universal aos bens culturais.
Outro setor prioritário será a educação pública, que deve ser gratuita e de qualidade em todos os níveis. Também lutamos pela estatização, sob controle popular, dos transportes coletivos e de massa. Entre as bandeiras defendias pelo partido também estão a previdência e assistência social integralmente públicas e gratuitas; não pagamento da dívida pública; nenhum recurso público para a iniciativa privada; garantia e ampliação de todos os direitos dos trabalhadores; desmilitarização das políticas e fim da repressão aos movimentos populares; apuração e punição de todos os crimes contra os direitos humanos na ditadura e na democracia burguesa; garantia dos direitos e de políticas específicas para as mulheres, com o direito ao aborto; garantia dos direitos e de políticas específicas para homossexuais, afro-brasileiros e as populações indígenas; punição severa às práticas de racismo, machismo, homofobia, intolerância religiosa, xenofobia e todas as formas de preconceito; e legalização da maconha.
Mauro Luís Iasi é candidato a presidência pelo Partido Cumunista Brasileiro (PCB) nas eleições de outubro/2014.
Nota:
A revista Caros Amigos pretende publicar até as eleições artigos assinados pelos candidatos a presidente dos partidos de esquerda defendendo sua candidatura - PCB, PSTU, PSol, PT e PCO. Foi proposto aos partidos/candidatos escreverem sob uma mesma pergunta: "Por que votar em ...?". O objetivo é dar visibilidade às ideias, propostas e posicionamento político de cada um dos candidatos em um espaço dedicado ao pensamento progressista.