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16618971368 6bfd225750 zBrasil - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Um dos argumentos da direita para entregar o controle direto da Petrobras aos monopólios é que supostamente a Petrobras não contaria com recursos e, portanto, deveria ser aberta ao capital estrangeiro.


Manifestação pela estatização da Petrobras. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (CC BY-NC-SA 2.0)

Em primeiro lugar, deve ser dito que os empréstimos são concedidos sobre a garantia dos campos. Os monopólios não trazem nenhum dinheiro próprio.

O envolvimento de vários fornecedores nos esquemas de corrupção estaria dificultando colocar em prática o programa de investimentos da Petrobras.

Leia também:

A Petrobras e a corrupção (Parte I): O imperialismo de olho no pré-sal

A Petrobras e a corrupção (Parte II): Lava-Jato para privatizar a Petrobras

A Petrobras e a corrupção (Parte III): A cortina de fumaça dos royalties

A Pertrobras e a corrupção (Parte IV): O pior marco regulatório do mundo

A dívida da Petrobras supera os US$ 170 bilhões. Grande parte dessa dívida foi adquirida devido aos pesados investimentos envolvidos na exploração off shore, das águas profundas.

O estado do marco regulatório do Pré-Sal foi bastante sucateado devido à pressão do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), que representa os interesses dos monopólios petrolíferos. Mas para o imperialismo em crise isso não é suficiente. Eles querem agora o controle direto de tudo.

A produção do pré-sal passou de 504 mil barris diários em 2014 para 885 mil barris no mês de abril do ano passado. O problema são os custos de produção, que se encontram em torno a US$ 40 o barril, muito próximo do preço nos mercados mundiais que despencaram de quase US$ 110 para menos de US$ 50, no último ano. Como comparação, no Oriente Médio, na média, o custo é de US$ 5.

Os vampiros imperialistas têm uma “solução” para os altos preços da produção, muito parecida com a que foi aplicada em relação à exploração de petróleo e gás a partir do xisto. A fratura horizontal e a fratura hidráulica.

Fraturando o solo e injetando compostos químicos poderosos conseguiram reduzir os custos de, aproximadamente US$ 55 para algo em torno a US$ 15. Claro que deixaram de lado o “pequeno” efeito colateral. Uma brutal contaminação, que, como é mostrado em vários vídeos na Internet, faz com que seja possível acender fogo a partir da água corrente da torneira e mesmo em riachos.

Por último, as fraudulentas “agências qualificadoras de risco” têm rebaixado a qualificação de risco da dívida pública brasileira e de várias das empresas nacionais. Desta maneira, o acesso aos mercados especulativos internacionais fica comprometido.

A propaganda imperialista impõe o mito de que as empresas estrangeiras seriam eficientes e não corruptas. Na realidade, os monopólios se encontram por trás da corrupção e das mais sangrentas guerras, isso desde a época das chamadas Sete Irmãs. Na Nigéria, a Shell, além de ter comprado todos os últimos governos, tem transformado o Delta do Rio Níger num pântano e é fato conhecido as vendas de petróleo realizadas em alto mar para não pagar royalties nem impostos. No Equador, a Texaco Mobil foi condenada a pagar US$ 18 bilhões ao governo por ter destruído boa parte da Amazônia. No Golfo do México, houve, recentemente, o caso da tremenda poluição causada pelo vazamento de uma plataforma da BP (British Petroleum). Todas as guerras no Oriente Médio têm esses monopólios por trás.

A Petrobras deve ser estatizada sobre o controle dos trabalhadores e colocada a serviço da população brasileira, o que implica no rompimento dos acordos com o imperialismo.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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