No vídeo acima visualiza-se o momento em que o exército espanhol ataca ativistas da Greenpeace para deter pela força protesto pacífico contra as prospeções petrolíferas nas Ilhas Canárias, enclave administrado por Madrid na África Ocidental e ainda hoje não descolonizado.
Aliás, as e os ecologistas não faziam mais do que dar expressão a posição socialmente maioritária nos ilhéus, de oposição às explorações nas suas águas. E que, igual do que a Catalunha com o seu referendo de independência, também viu nas últimas semanas como o governo do nacional-catolicista Mariano Rajói proibia uma consulta popular para conhecer oficialmente a opinião popular nas Canárias sobre as explorações petrolíferas.
Apesar da atitude pacífica e da minoria do coletivo ecologista em meios (três embarcações com motor de popa e o Arctic Sunrise, um barco de 50 m de comprimento, quase insignificante do lado dos gigantes da Repsol), o exército espanhol reagiu com violência extrema. Assim, embestiu literalmente um dos barcos ecologistas, ferindo e deitando na água uma ativista, cujos arrepiantes gritos podem ser ouvidos no vídeo.
Não é a primeira vez que Madrid coloca os interesses do estado por trás dos da companhia privada Repsol, con destaque ao conflito diplomâtico que abriu com a Argentina para defender a firma petrolífera da 'expropiação' promovida pelo governo de Cristina Fernández.