Em 2003, Díaz Peña foi detido pelas autoridades venezuelanas em conexão com os atentados terroristas contra as sedes diplomáticas de Espanha e Colômbia acontecidos em Caracas a 25 de fevereiro de 2003. Diaz Peña foi julgado e condenado por um tribunal venezuelano, e sentenciado a nove anos e oito meses de prisão.
O atentado terrorista aconteceu mesmo coincidindo no final da sabotagem econômica e paralisação petroleira promovida por grupos antichavistas na Venezuela, que só meses antes tinham executado um golpe de estado contra o Presidente Chávez que durou escassas 48 horas. Desde dezembro de 2002, organizações e partidos políticos da oposição conseguiram parar a indústria estatal petrolífera, PDVSA, e os grandes meios de produção do país - que ainda estavam em mãos da elite política e econômica - com o objetivo de forçar a saída do poder do Presidente Chávez. A estas forças desestabilizadoras, uniu-se a grande mídia na Venezuela, que prestaram os seus horários de transmissão para apoiar o plano golpista. Os atentados terroristas fizeram parte da mesma conspiração.
Em 2003, também foi detido Silvio Mérida Ortiz, depois condenado por ser o principal responsável por ter colocado bombas de C-4 nas sedes diplomáticas da Espanha e Colômbia em Caracas junto a Díaz Peña. Com eles foram imputados os tenentes José Antonio Colina e Germán Rodolfo Varela, que fugiram da Venezuela e desde então permaneceram em Miami, protegidos pelo governo estadundiense.
Segundo o jornalista canadense Jean-Guy Allard, também é reclamado pela justiça venezuelano o Coronel do Exército Yucepe Pilleri Carmono, "outro beneficiario da complacência do governo de Estados Unidos".
"Pilleri é também inculpado em seu país da morte de três soldados e uma jovem na praça Altamira, quando se encontrava ocupada pelos militares" em outubro 2002.
CNN = JORNALISMO PORNOGRÁFICO
Durante a entrevista que realizou ao terrorista fugitivo Raúl Díaz Peña, a jornalista veterana da CNN em Espanhol, Patricia Janiot, o chamou "um estudante venezuelano", "preso político", e perguntou-lhe quantos outros "estudantes" como ele eram "presos políticos" do governo de Hugo Chávez. Janiot também disse que o caso de Díaz Peña era um caso de "direitos humanos".
Em lugar de reconhecer que Díaz Peña tinha sido julgado por um tribunal venezuelano e sentenciado pelo poder judicial, Janiot fez questão de que o jovem terrorista era perseguido por "Chávez". Janiot perguntou a Díaz Peña "quantos outros presos políticos há" no "regime" de Chávez.
O terrorista preso também confessou como conseguiu contornar o sistema penitenciário venezuelano, que permite visitas a família e programas de trabalho e educação - todos foram criados pelo governo de Hugo Chávez - para os presos com bom comportamento. Depois de sair vários fins de semana desde maio 2010 no programa de bom comportamento, Díaz Peña fugiu do país.
No fim da entrevista, a jornalista de CNN desejou "sorte" ao terrorista venezuelano.
Horas antes, Díaz Peña também foi entrevistado pelo programa de Miami "Maria Elvira Live", durante o qual falou de supostas "torturas" a mãos de servidores públicos da DISIP (Segurança de Estado venezuelano). Também confessou que tinha pago seis mil dólares para conseguir fugir da Venezuela e chegar a Miami, "via uma ilha caribenha".
Vários venezuelanos da oposição mantêm propriedades, aviões e iates nas ilhas de Aruba e Curazao, a poucos quilômetros da costa da Venezuela.
Segundo o jornalista Jean-Guy Allard, em Miami o terrorista venezuelano Díaz Peña foi recebido pela congressista cubana-americana Ileana Ros-Lehtinen, representante republicana pelo Estado da Flórida. Ros-Lehtinen também foi protetora do terrorista nefasto Luis Posada Carriles e seu sócio, Orlando Boscho, os dois responsáveis pelo ataque terrorista contra o avião de Cubana de Aviação em 1976, que matou os 73 passageiros do avião.
Allard também revelou que, no sábado 11 de setembro, Díaz Peña foi recebido pelo grupo venezuelano "Venezuelan Awareness Foundation" em Miami, encabeçado por Patricia Andrade, quem também é sócia da organização UnoAmérica de Alejandro Peña Esclusa, outro acusado do terrorismo e violência na Venezuela. Andrade anunciou sábado que Díaz Peña solicitará "asilo político" nos Estados Unidos.
O governo de Estados Unidos acusou a Venezuela de "não cooperar suficientemente" com a "luta contra o terrorismo" desde o 2006. Não obstante, são os Estados Unidos, e seus meios de comunicação, que protegem os mais perigosos terroristas da América Latina.
A entrevista na CNN com o terrorista venezuelano acontece só uns dias antes das eleições legislativas no país sul-americano. Faz duas semanas, CNN estreou um documentário, "Os Guardiães de Chávez", que tentava ligar o governo de Hugo Chávez com grupos criminosos e terroristas.
Vejam a entrevista na CNN em Espanhol de Patricia Janiot com o terrorista venezuelano Raúl Díaz Peña aqui: http://edition.cnn.com/video/#/video/spanish/2010/09/13/WEBpena.cnn
Vejam a entrevista com o terrorista Raúl Díaz Peña em "Maria Elvira Live" aqui: http://www.youtube.com/watch?v=LVawzqPAv-w
Tradução do Diário Liberdade.
Fonte: Cubadebate.