1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)
John Pilger

Clica na imagem para ver o perfil e outros textos do autor ou autora

Em coluna

3 anos depois - A injustiça contra Julian Assange tem de terminar

John Pilger - Publicado: Segunda, 29 Junho 2015 13:35

No dia 19 de Abril fizeram três anos que Julian Assange, fundador e editor da WikiLeaks, se refugiou na embaixada equatoriana em Londres. A questão chave neste extraordinário encarceramento é justiça. Ele foi não foi acusado de qualquer crime. O primeiro promotor sueco afastou as alegações de má conduta para com duas mulheres em Estocolmo, em 2010.


As acções do segundo promotor sueco foram e são comprovadamente políticas. Até recentemente, ela recusava-se a vir a Londres para entrevistar Assange – a seguir disse que estava para vir e depois cancelou o seu compromisso. 

É uma farsa, mas uma farsa com sinistras consequências para Assange caso ousasse por os pés fora da embaixada equatoriana. A investigação criminal dos EUA contra ele e conta a WikiLeaks – pelo "crime" de exercer um direito consagrado na Constituição dos EUA, contar verdades desagradáveis – é "sem precedentes quanto à escala e à natureza", de acordo com documentos estado-unidenses. Por causa disto, ele enfrenta grande parte da sua vida no buraco infernal de um presídio de máxima segurança dos EUA caso deixe a protecção do Equador em Londres. 

As alegações suecas não são mais do que um espectáculo secundário em tudo isto – as mensagens SMS entre as mulheres envolvidas, lidas por juristas, só por si o ilibariam. Elas referem-se às acusações como "cozinhadas" pela polícia. No relatório da polícia uma das mulheres diz que foi "atropelada"("railroaded") pela polícia sueca. O que é uma desgraça para o sistema judicial da Suécia. 

Julian Assange é um refugiado sob o direito internacional e o governo britânico deveria dar-lhe o direito de passagem para fora do Reino Unido, para o Equador. O absurdo acerca dele "escapar sob fiança" é simplesmente isso – um absurdo. Se o seu caso de extradição tramitasse nos tribunais britânicos de hoje, o Mandato Europeu de Prisão (European Arrest Warrant) seria jogado fora e ele seria um homem livre. Então o que tenta o governo britânico provar com o seu absurdo cordão policial em torno de uma embaixada cujo refugiado Assange não tem intenção de abandonar? Por que não o deixam ir? 

Por que um homem não acusado de qualquer crime tem de passar três anos numa sala, sem luz, no coração de Londres? O caso Assange amplia muitas verdades e uma delas é o crescente totalitarismo global de Washington, pouco importando quem seja eleito presidente. Muitas vezes perguntam-me se penso que Assange tenha sido "esquecido". Na minha experiência, incontáveis pessoas de todo o mundo, especialmente na Austrália, sua pátria, entendem perfeitamente bem a injustiça que está a ser cometida contra Julian Assange. Eles reconhecem a ele e à WikiLeaks ter desempenhado um serviço público grandioso ao informar milhões acerca do que os poderosos lhes planeiam por trás das suas costas, as mentiras dos governos e seus interesses escusos, a violência que eles iniciam. Os poderosos e os corruptos abominam isto, porque é a verdadeira democracia em acção. 
 
Fonte: Resistir.

Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.