A Academia Galega nasce como expressom de uns emigrados galegos em Cuba. Foi a sua vontade, netamente galega, netamente popular. Nom nasce nas cortes de Madrid nem numha cessom monárquica. A Academia foi obra exclusiva de uns patriotas de famílias emigrantes, portanto, de classes baixas. A Academia nom no-la deu o Estatuto, a Constituiçom nem a Uniom Europeia. É umha construçom exclusivamente galega.
A Academia Galega sentiu os confrontos ideológicos. Esquece-se decote o conflito entre Murguia e Pardo Baçám para a primeira presidência que é um conflito entre o regionalismo “sano y bien entendido” e o regionalismo a metamorfosear-se em nacionalismo. Ganhárom os de Murguia. E quando a Cova Céltica se fazia velha, apareceu Antom Vilar Ponte criticando-os com responsabilidade, sem duvidar nunca da instituiçom. E com aquele trabalho honrado os nacionalistas dos anos 30 dominárom a sua sala.
A Academia Galega nom pode ser discutida como instituiçom. Quem assim o figer é um irresponsável. É um símbolo nacional conquistado pola Galiza! Essa enorme tarefa deve ter-se presente em cada palavra.
A Academia Galega é umha desconhecida. Ramom Vilar Ponte foi o seu cronista e desde aquela, pouco se investigou. Quem sabe que o próprio Ramom foi vítima de umha malheira na praça de Ponte Vedra na Corunha por parte de uns falangistas após ingressar na Academia? Quem sabe que a cadeira de Castelao em vida jamais foi ocupada num gesto que amolava o regime? Quem sabe das liortas ideológicas que ali acontecem? Cumpria já umha crónica histórica da centenária instituiçom.
A Academia Galega cometeu erros gravíssimos, mas a responsabilidade é dos seus integrantes, nunca da instituiçom. Há que corrigi-los e denunciá-los com a mais alta responsabilidade.
A Academia Galega tem importantes reptos. Deve converter-se na referência dos estudos galegos, centralizar os grupos de investigaçom ciscados em várias instituiçons, continuar na composiçom do arquivo e continuar a sua digitalizaçom, etc. Precisa-se carácter, firmeza, convicçons firmes.
A Academia Galega deve estar unida para fora. Nom pode ter físgoas. Unida na defesa da língua rejeitando as políticas lingüísticas retrógradas. Tem que ser o proel do galego, expandir o seu uso social. Jamais poderemos aceitar retrocessos nos direitos dos galegofalantes.
A Academia Galega presidida por Méndez Ferrín. Tem madeira. Prestigiará a instituiçom. Acredita na Academia incontestavelmente. Tem presença e com ele a Academia. É um candidato óptimo. É protocolar se a instituiçom o merece. A Academia merece-lho.
A Academia Galega melhorará com os contributos honestos e generosos. Fazemos nossas as suas verbas no manifesto de Maio de 2009: “A língua galega forma parte do reconhecimento da Galiza como naçom”. Nessa premissa deve orbitar a sua acçom.