Em excelente artigo, Antonio Luiz M. C. Costa diz que a verdadeira batalha nessa questão está sendo travada "entre Hollywood e o Vale do Silício". E explica:
No primeiro time contam-se as associações de produtoras, gravadoras e tevês a cabo e associações de artistas, cineastas, atores e técnicos, além da Câmara de Comércio dos EUA e a central sindical AFL-CIO. No segundo, empresas como Google, Yahoo, Mozilla, Facebook, eBay, American Express, Reddit, Foursquare, Twitter, a fundação Wikipedia, associações de ativistas digitais e organizações de defesa de direitos civis, incluindo a Repórteres sem Fronteiras e a Human Rights Watch. De ambos os lados há democratas e republicanos, conservadores e liberais, esquerda e direita.
A edição ainda alerta para a versão brasileira dos projetos em debate nos Estados Unidos. Trata-se de projeto de lei do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). É o criador do esquema do mensalão colocando seu mandato a serviço das grandes empresas de entretenimento.
Ao mesmo tempo, os dois maiores monopólios da atenção dos internautas lutam para aumentar seus lucros. O Facebook entrou pesado na bolsa de valores. E o Google responde com a integração de todos os seus sistemas de busca.
É a velha lógica capitalista de concentração econômica e guerra entre monopólios. Em outros momentos as maiores vítimas desse combate foram os explorados. Agora, não deve ser diferente. E entre os alvos está a liberdade de trocar informações.
Nessa briga de cachorro grande, podem ser eliminados os tímidos e valiosos espaços que o movimento social conseguiu conquistar na rede mundial.