Plínio mostrou-se animado com a reação popular na Inglaterra e no Chile. Disse que são resultado de 30 anos de neoliberalismo. E que o caminho é este mesmo. Tomar as ruas. Por outro lado, alertou para os perigos de que os conflitos sociais sejam usados pela direita. Lembrou a situação dos anos 1930. Na esteira da crise econômica de 1929, o fascismo soube usar a revolta popular para seus objetivos.
As manifestações e protestos de um lado e outro têm muitas diferenças. No Chile, são organizados e têm propostas claras. Na Inglaterra, parecem muito mais espontâneos e alimentados por uma revolta justa, mas ainda sem alvo definido. No entanto, Igor Fuser chamou a atenção para um fato em comum entre chilenos e ingleses.
Os dois povos foram os primeiros a sofrer a ação das medidas neoliberais. Margareth Thatcher de um lado, Pinochet, de outro. Uma democracia parlamentarista e uma ditadura sanguinária. Ambos os regimes igualmente colocados a serviço do grande capital e da especulação financeira.
Semearam os ventos com sua peste, estão colhendo a tempestade.