A entidade que mais alçou sua voz e convocou reunião após reunião para esclarecer os termos do acordo entre Washington e Bogotá e também para protestar contra sua realização foi a União de Nações Sulamericanas, Unasul.
No entanto, a Unasul nunca conseguiu esclarecer o acordo entre a Colômbia e Washington e tampouco concretizou um protesto coletivo e contundente contra. Após as pressões da administração Obama, vários países da região baixaram a voz e retiraram seus comentários.
Dois deles são o Brasil e o Peru, países a ponto de assinar acordos de cooperação militar durante a próxima semana. O próprio Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, visitará a Colômbia, o Peru e o Brasil esta semana para concretizar e consolidar a cooperação militar com Washington.
A Chancelaria do Brasil declarou que seu acordo não tem nada que ver com o da Colômbia, no entanto, significa uma presença e um acesso militar de Washington em seu país. O acordo com o Peru também implica no uso de instalações militares e civis já existentes no país andino por parte do Pentágono.
A atual estratégia de Washington não está fundamentada no estabelecimento de novas bases militares no mundo, mas no uso das instalações já presentes em países com alguma importância geoestratégica e uma localização que permita o alcance de amplo espectro das forças militares estadunidenses por toda a região.
E onde está a Unasul frente a essas novas revelações sobre acordos militares com o Brasil e Peru? Se a Unasul não reagir da mesma maneira como no caso da Colômbia, deixaria de ser uma entidade com credibilidade regional e se converteria em simplesmente uma peça a mais de Washington na região.
Fonte: Adital.