O site WikiLeaks tem feito desmoronar essa blindagem dos EUA em torno de atrocidades cometidas em países invadidos, ocupados, ou operações terroristas a partir das agências de inteligência, alem das constantes políticas de pressões, apoio a golpes de estado (o mais recente o de Honduras, julho de 2009).
No período de um ano perto de cem mil documentos considerados confidenciais do governo norte-americanos foram revelados pelo site e o que emerge desses documentos joga por terra qualquer compromisso dos EUA com a democracia, a paz o respeito aos direitos humanos.
Os Estados Unidos da América do Norte são uma potência terrorista/imperialista e hoje, associados a Israel, formam um complexo que pode ser chamado de EUA-Israel Terrorismo S/A.
Boa parte dos serviços de inteligência, recrutamento e treinamento de soldados é feita por empresas privadas, desde o governo de George Walker Bush e Barack Obama, atual presidente, afirma não ter condições de eliminar esse modelo. O máximo que consegue é anular perto de 7% dos contratos de terceirização desses serviços.
O que espanta é a atitude de Washington. Em nenhum momento nega legitimidade aos documentos, os últimos falam em números de mortos na guerra do Iraque (o governo escondeu os números reais), torturas e sistemáticas violações de direitos humanos por militares dos EUA.
Ao contrário, o porta-voz do Pentágono (Estado-maior das forças armadas dos EUA), Geoff Morrel, declara que "deploramos o WikiLeaks por induzir indivíduos a violarem a lei, a vazarem documentos sigilosos e então arrogantemente compartilhar essa informação secreta com o mundo".
O jornal inglês The Guardian denuncia que as investigações sobre tortura e maus tratos a prisioneiros no Iraque e no Afeganistão são superficiais, nunca chegam a uma conclusão, servem apenas de satisfação pública enquanto os casos são abafados.
O The New York Times confirma, "embora alguns casos de abusos tenham sido investigadores pelos americanos, a maioria parece ter sido ignorada".
Os documentos revelados nessa última semana mostram que o comando militar dos EUA no Iraque tinha conhecimento do número real de mortos no conflito, 285 mil vítimas, mas que apenas 77 mil haviam sido anunciadas pelos militares dos EUA.
Dentre os mortos, revelam os documentos, 63% eram civis.
O que a declaração do porta-voz do Pentágono significa é simples de entender. O governo dos EUA se coloca acima das leis internacionais, acima dos direitos humanos e se comporta como uma espécie de governo mundial. Revelados os crimes, não negam, apenas protestam contra a revelação, contra a verdade.
Se imaginam imunes a ela.
George Bush, quando presidente, nos acordos de "ajuda militar" que assinou com vários países, inclusive a Colômbia na América do Sul, exigia a exclusão de responsabilidades de norte-americanos diante de tribunais internacionais ou nacionais, por violações de direitos humanos.Ignorar tratados nessa direção era prática e continua sendo.
Não difere em relação ao Estado de Israel. As inúmeras resoluções das Nações Unidas condenando Israel por violações de direitos humanos de palestinos, ocupação de terras palestinas, roubo de recursos naturais palestinos, são ignoradas pela grande maioria das nações do mundo.
A Europa, por ser um continente ocupado por tropas norte-americanas em centenas de bases e escritórios de forças de inteligência. Os próprios serviços europeus de inteligência, em muitos países, como França, Inglaterra, Alemanha e Itália, na prática, são subordinados a CIA e incontáveis siglas que norte-americanos arranjam para a paranoia do governo mundial.
O Oriente Médio devastado por governos corruptos (Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes, etc) e com a ação terrorista de Israel se mantém como foco permanente de conflito e barbárie contra o povo palestino.
Partes da Ásia e a quase totalidade da África permanece como que jogada no lixo, na expectativa que venham no futuro a ser recicladas naquilo que convier ao imperialismo sionista e norte-americano.
Resta a América Latina, onde nesta semana travam uma batalha decisiva para o controle de todo o planeta.
A luta por eleger José "FHC" Serra presidente do Brasil. A exemplo de Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente, Serra é da absoluta confiança dos norte-americanos e financiado por grupos de empresas ligadas ao setor de previdência privada norte-americanos (com imensos rombos e de olho na previdência pública do Brasil), grandes empresas do setor de armamentos, além, lógico, do grupo de acionistas que dirige o complexo EUA-Israel Terrorismo S/A.
A história do Brasil não registra uma campanha tão violenta como a de 2010, o engajamento da mídia privada (controlada pelo capital internacional), a parcialidade de setores do judiciário (justiça eleitoral) e a presença tão descarada de "investidores estrangeiros no processo.
A ordem é derrotar Lula e sua candidata a qualquer preço.
O cenário é de um futuro Oriente Médio para a América Latina e esse futuro pode ser visto na ação norte-americanas na Colômbia, nas tentativas de golpe contra governos de Chávez, Evo Morales e agora no vale tudo para eleger José "FHC" Serra.
Aos países que teimam em se manter soberanos, em qualquer parte do mundo, resta apenas a determinação de luta e resistência a essa boçalidade capitalista de EUA-Israel Terrorismo S/A.