Argala lutava pela independência do País Basco e contra a ditadura de Franco. Foi um dos responsáveis pela chamada Operação Ogro, que matou o Marechal e sucessor de Franco, Luis Carrero Blanco.
Foi, pois, um herói da luta contra o franquismo e um herói da resistência Basca. E hoje é tratado como terrorista pelo revisionismo SocioFascista do PSOE, mancomunado com os pós-Franquistas do PP.
Argala nasceu na pequena cidade Basca de Arrigorriaga e a praça central da mesma recebeu seu nome nos anos 70, após sua morte, para homenagear este lutador. Argala Enparantza, ou Praça Argala.
Mas o revisionismo espanholista, com sua sanha por apagar e destruir a história do povo Basco forçou a mudança do nome da praça no início de 2009. As vítimas do Franquismo e do Estado Espanhol são comumente esquecidas quando, como no caso de Argala, pegam em armas contra o Estado para denunciá-lo.
Caso mais recente deste reviosionismo tosco e perigoso é a perseguição da "justiça" contra o histórico dirigente Abertzale Tasio Erkizia que, em 2008, participou de um ato em Arrigorriaga em homenagem à Argala. Por tal participação, Erkizia pode enfrentar anos e anos de cadeia.
Até mesmo Melintón Manzanas, uma das primeiras vítimas da ETA, foi condecorado postumamente. Detalhe: Manzanas trabalhou para a Gestapo, lutou por Franco e torturava e matava prisioneiros Bascos sempre que podia. Era um criminoso. Hoje, um criminoso herói da Espanha.
Por um ato também em homenagem a Argala, em 2003, Arnaldo Otegi foi condenado a 15 meses de cadeia.
Curioso é que os Fascistas que anualmente homenageiam a Franco e a seus asseclas assassinos não são processados, não cumprem qualquer pena. Os que sentem saudades dos anos de "guerra sucia" com grupos de extrema-direita a assassinar Bascos não são processados, não cumprem pena. Na verdade nem os assassinos e membros de tais grupos.
Para a cadeia vão apenas os antifranquistas, os lutadores da liberdade.
Fato que se repete com certa constância. É assustador.
Recentemente aventou-se a ideia de levar as "vítimas do terrorismo" às escolas bascas. Até aí, problema algum, mas quando se desvelou o que estava por trás, escândalo: Apenas as vítimas do "terrorismo" da ETA. Vítimas dos GAL, BVE, da Guerra suja, ou mesmo do Franquismo estavam fora.
As vítimas do terrorismo de Estado foram convenientemente escondidas, numa tentativa grotesca de reescrever a história escutando apenas um dos lados, fingindo que a ETA representa todo o mal, que o nacionalismo resulta em apenas violência e que o Estado é inocente. Terroristas são os outros.
O Estado espanhol e o conivente governo basco, nas mãos de PP e PSOE tentam, de todas as formas, com os subterfúgios mais sujos, moldar a opinião pública a seu favor. Agora recorrem à lavagem cerebral mais pura e completa das crianças bascas.
Até onde irá este estúpido revisionismo histórico?