Segundo a sociologia clássica, as primeiras são mais diferenciadas socialmente, hierarquizadas e apresentam grande diversidade de crenças, valores, costumes etc. Nas sociedades simples, pouca diferenciação social, valores e crenças que todos compartilham.
São exemplos das primeiras sociedades as da antiguidade egípcia, grega, romana e a nossa, claro. Exemplo das segundas? As populações indígenas. É o caso dos tupi-guaranis. Ou não?
Talvez, não. É o que mostra reportagem de Glauce Monteiro no Portal “Raizes”, publicada em 02/03. Nela, a professora de Antropologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Denise Schaan, afirma:
...a arqueologia na Amazônia mostra a importância da correlação entre biodiversidade e sociodiversidade, na medida em que as sociedades que viviam na região desenvolveram estratégias eficazes para manejar e preservar os recursos de forma sustentável.
Agora, um exemplo de sociedade complexa. Digamos, a brasileira. Citemos a notícia mais recente sobre a tragédia ambiental e social causada pela Samarco em Mariana. Trata-se de um acordo sacramentado com a aprovação governamental para que a empresa que faz parte da Vale repare os danos que causou.
O Movimento dos Atingidos por Barragens resume o que ele significa:
As vítimas terão que provar que são atingidos e os agressores terão o poder de decidir quem é atingido e o que deve ser a reparação. Uma total violação de direitos que agora terá conivência dos governos e do judiciário.
Ou seja, Entre os indígenas, uma simplicidade social que sabe lidar com a complexa relação com a natureza. Entre nós, uma complexidade imoral que resulta em pura sacanagem.