Fim de semana passado, houve eleições municipais na Arábia Saudita. Pela primeira vez mulheres puderam votar e ser votadas. Mas nenhum candidato, homem ou mulher, pode exibir suas fotos em cartazes ou propagandas. A medida foi adotada para evitar que a exposição de rostos femininos atraísse a ira dos fundamentalistas islâmicos.
Não pelos mesmos motivos, bem que poderíamos adotar a mesma medida por aqui. Afinal, quem vê cara, não vê proposta. Até porque a grande maioria dos políticos profissionais anda usando lustra-móveis como creme de barbear.
A ciência a serviço da doença
Deu no Globo, em 11/12: integrantes de uma ONG no Reino Unido fingiram ser representantes de uma companhia de petróleo e encomendaram ao cientista William Happer, da universidade de Princeton, um relatório sobre os benefícios do petróleo e do gás. A US$ 250 por hora, o especialista topou o trabalho e aceitou não revelar quem se propôs a pagar pelo estudo.
Nos anos 1950, estudos já demonstravam que fumar provoca câncer e muitas outras doenças. A indústria do tabaco contra-atacava com pesquisas patrocinadas secretamente junto a cientistas dispostos a dizer o contrário por generosas quantias. Médicos apareciam fumando em anúncios.
Neste último caso, as vítimas eram milhões de pessoas. No anterior, podem ser vários bilhões.
No Google, Papai Noel não existe
Levantamento mostra que 52% das crianças brasileiras descobrem que Papai Noel não existe consultando sites de busca, diz matéria do Jornal do Brasil de 09/12.
Pesquisa semelhante poderia descobrir a enorme quantidade de adultos que acreditam nos mitos que são criados pelas redes virtuais, não desmentidos por elas.