A extrema direita faz nesta semana uma campanha contra Mauro Iasi pela internet.
Mauro Iasi é um veterano militante da causa socialista.
Que seja agora a vítima desta campanha não o diminuiu, só o engrandece.
Mas é bom que todos e cada um de nós tenha consciência de que a fronteira entre campanhas virtuais com videos e textos é somente uma antesala de possíveis ataques sérios.
Qualquer ataque a Mauro Iasi deve ser respondido à altura.
Que se saiba: será!
Eu e Mauro nos conhecemos, há trinta e cinco anos, em São Bernardo do Campo, quando ele era um dos mais ativos no PT.
Compartilhamos ideias diferentes, e já as debatemos de forma franca, sem arranhar a amizade uma só vez.
É uma das pessoas mais inteligentes e calorosas da esquerda brasileira, mas isso é dizer pouco das qualidades do Mauro.
Eis os fatos. Mauro Iasi leu um poema de Brecht ao final de uma intervenção no Congresso Nacional da Conlutas em junho deste ano de 2015.
Mauro argumentava sobre a necessidade de se construir um terceiro campo no Brasil, simultaneamente, contra o governo de coalizão do PT/PMDB liderado por Dilma Rousseff, e contra a oposição de direita.
Alertava sobre o perigo das ilusões na colaborações de classes.
Não é preciso dizer que o poema foi escrito há décadas atrás.
Não é preciso dizer que poemas usam como recurso metáforas.
No poema Brecht escreveu versos para inflamar a vontade dos trabalhadores, conclamando a responder à violência dos capitalistas com a violência revolucionária.
O poema falava de boas espingardas e boas balas.
Mauro é, também, além de militante, um poeta.
Foi o bastante para deixar assanhados alguns fascistas.
Afinal, poeta, parece que vamos mesmo ter que precisar delas.