Em 01/08 passado, matéria do G1 revelava: “71 mil brasileiros concentram 22% de toda riqueza”. Esses números foram deduzidos das declarações de imposto de renda divulgados este mês pela Receita Federal. Esta elite que representa 0,3% do total é formada por pessoas com renda mensal superior a 160 salários mínimos.
O problema é que os quase 80% da população brasileira que recebem até três salários mínimos arcam com 53% da arrecadação tributária total. Enquanto isso, quem recebe acima de 20 mínimos contribui com apenas 7,3%. São números de matéria publicada em InfoMoney, de agosto de 2014.
Mas a maior injustiça, mesmo, está na elevada tributação sobre o consumo, que pesa bem mais no orçamento dos mais pobres. E é o que mostra reportagem do portal de notícias da Câmara Federal, publicada em 31/07 passado.
Segundo a matéria, a tributação sobre a propriedade responde por 6% da arrecadação brasileira. Metade do arrecadado em países como Estados Unidos e Reino Unido e 50% a menos que Argentina e França. Já os impostos sobre o consumo, chegam a 44% no Brasil, mais que o dobro da estadunidense e bem maior que a do Reino Unido ou França.
Números como estes, a grande mídia não divulga. Prefere falar da carga tributária como se ela pesasse igualmente para todos.
Talvez, a divulgação da mais recente lista de bilionários brasileiros da revista Forbes ajude a explicar porque. São 15 famílias controlando 5% do PIB nacional. Em primeiro lugar, o clã dos Marinho, das Organizações Globo.