O Congresso Nacional do PT – Partido dos Trabalhadores –, foi cuspido, batido e chutado pela maioria dita pragmática, que endossou as políticas neoliberais de Joaquim Levy, o senhor da República e do governo Dilma Roussef. Essa maioria não tem nada a ver com Lampião. E Corisco morreu de “parabelum na mão”.
As declarações de lideranças petistas que Levy e Cunha são transitórios beiram a submissão absoluta e desconhecem o processo histórico. Não são transitórias as medidas tomadas e votadas pela dupla.
Há um claro retrocesso no Brasil, renasce a direita mais odienta do País. A viagem de Dilma aos EUA e os acordos a serem assinados, todos discutidos por Joaquim Levy em viagem que precedeu a da presidente (?), dão um passo gigantesco atrás e significam o neoliberalismo de volta.
A conta? Para os trabalhadores.
Modelo norte-americano de formação de técnicos (Commum Colleges), compra de tecnologias para exploração do pré sal, livre comércio em setores estratégicos da economia brasileira, uma espécie de ressurreição da ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas – e vasto acordo militar.
São os que estão públicos. Com certeza existem os que ficarão ocultos.
Nessa visão de transitoriedade das lideranças petistas surge, do nada, a perspectiva de entrega a Base de Alcântara, decisão que nem FHC teve coragem de assumir. Se não houver ampla e barulhenta reação popular qualquer possibilidade de desenvolvimento de tecnologias nacionais no setor aeroespacial vai para o espaço. Os foguetes serão norte-americanos.
É uma entrega de parte do território nacional. A disputa é com a Rússia. Um general da OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte – e com plena ação no Atlântico Sul, já declarou que “estaremos em guerra com a Rússia, no próximo verão”.
A América do Sul é um alvo e o governo Dilma Roussef está sendo uma espécie de depósito de políticas imperialistas. O processo de união dessa parte do mundo foi abandonado na conferência de Bruxelas, quando a presidente (?) do Brasil declarou que o MERCOSUL tem uma proposta pronta para um acordo comercial com a União Européia. Não consultou a Argentina, rifou o país de Cristina Kirchner, em pleno processo eleitoral e sob ataque de terrorista da pior índole do sistema financeiro, se é que isso é possível. George Soros.
Círculos próximos à presidente de direito falam em volta da CPMF – imposto sobre os cheques e movimentações financeiras. O presidente de fato, Joaquim Levy, diz de forma taxativa que “não cogitei disso”. É o único tributo que não podia ser sonegado. Joaquim Levy joga no time dos sonegadores.
E além do Cunha, substantivo próprio, há a cunha, instrumento que os norte-americanos começam a usar para arrombar as portas do Brasil e desfechar golpes contra países como a Venezuela, o Equador, a Bolívia, a Argentina e pasme-se, com a cumplicidade de Tabaré Vasquez. Não é Pepe Mujica.
Não sei mais se o “sertão vai virar mar e o mar virar sertão”. O PT jogou fora sua história, está igualzinho a um PSDB da vida.