Nom é exagerado afirmar que a vitória soviética sobre o hitlerismo e o seu exército, a Wehrmacht, é umha epopeia similar às epopeias da antiguidade com que Hollywood nos obsequia ano após ano. A máquinade mentir e tergiversar que é a fábrica de filmes ianques fala-nos da sua tropa pondo a bandeira numha ilha intrascendente do Pacífico, do seu sofrimento depois de Pearl Harbor, dos seus mortos... mas, sem querer entrar em comparaçons, o contributo dos Estados Unidos para a derrota do nazismo foi mínima, sobretodo se a compararmos com o esforço da URSS.
Se há algo que deveria ser lembrado dos Estados Unidos e do regime nazi é a colaboraçom das empresas ianques com o nazismo. Som abundantes os exemplos de multinacionais norte-americanas que colaborárom e se enriquecêrom à custa do sofrimento que o nazismo ocasionava. E nom deve admirar, porque nom se descobre nada afirmando que Hitler era um aliado objetivo do imperialismo capitalista, o qual desejava lançar contra a URSS para, dessa maneira, dar cabo do socialismo. O inimigo dos ianques nom era o nazismo, mas o comunismo, e alimentárom a besta da mesma maneira que hoje em dia alimentam as bestas nazis na Ucránia ou as bestas fanáticas jihadistas. O imperialismo, para conseguir seus fins, nunca olhou a meios e nunca historicamente tivo o menor escrúpulo em pactuar com todo o tipo de assassinos.
Vinte milhons de soviéticos e soviéticas morrêrom devido à loucura fascista. O sacrifício imenso desse povo, que além disso viu desmanteladas as suas melhores zonas industriais, atacadas as suas infraestruturas, que se levou o peso maior da agressom fascista nunca foi reconhecido por Ocidente, que como nos filmes ianques atribui a ele próprio o peso do sofrimento e a glória da vitória.
Mas nom é assim. O Ocidente estava derrotado, aniquilado praticamente e com uns governos inoperantes, unicamente Gram-Bretanha opunha resistência, mas era questom de tempo que Alemanha derrotasse aos ingleses, sem descartar que terminassem pactuando. Lhes unian interesses de classe. Curiosamente os focos de resistência na Europa Ocidental eram praticamente em sua totalidade de tendência comunista, tanto os maquis como células armadas urbanas. Essa é a realidade histórica.
Os casos de absoluto heroísmo da populaçom soviética evidencian a determinaçom de luta desse povo, o sítio de Leningrado, a batalha de Stalingrado e muitos mais deixam às claras que a URSS foi a tumba do fascismo. O mundo 70 anos depois segue em dívida com a URSS, e só o fanatismo anticomunista se nega ao reconhecer. É curioso que depois de vinte anos do desaparecimento da URSS, seu só nome e o nome do comunismo continue a aterrorizar as burguesias.
Talvez o comunismo nom esteja tam morto como pensavam e como desejavam.
E nom só nom está morto, como o futuro da humanidade, se quigermos evitar a barbárie que anunciava Rosa Luxemburgo e que já vislumbramos, passa pola construçom do socialismo. Nom do cidadanismo nem de experiências progres que dizem nom serem nem de direita nem de esquerda. Polo socialismo nom do século XXI, mas polo socialismo no século XXI, um socialismo que herde os melhor do socialismo que conhecemos no século XX e que se baseia nos ensinos e teorias de Marx, Engels, Lenine e muitos teóricos e teoricas mais. A humanidade se quer ser livre nom deve esperar nada dessas esquerdas glamourosas; esperam anos difíceis, de luitas, de sacrifícios e de sofrimentos.
É claro que o capital nem vai dar-nos a liberdade de graça, nem vai entregar o poder, assim, na boa. O velho nom termina de morrer e nom só isso, este disposto a todo antes que a perder as suas prebendas.
Euskal Herria também esta cheia de casos de heroísmo naqueles anos. E enquanto o PNV se resignava à vitória fascista, respeitava fazendas dos sublevados e ficavam à espera do "amigo americano", ANV, paradoxalmente hoje ilegalizado polo Estado e injustamente tratado por outros, se somava à luita antifascista na Europa, desta vez contra o nazismo alemám. Os melhores militantes de ANV dérom a sua vida nom só em Albertia e outros campos de batalha em Euskal Herria, também primeiro Asturies viu morrer pola liberdade dezenas de gudaris ekintzales num exemplar exercício de internacionalismo e depois o Estado francês contemplou como estes indómitos bascos se somavam à resistência anti-nazi. Nom em vao, no desfile da vitória em Paris, umha ikurriña portada por um militante de ANV tivo a honra de desfilar.
Nom. Nom som batalhinhas do avô. Som ensinamentos de ontem para que a sua memória seja exemplo de militáncia às novas e jovens geraçons de militantes e saibam que com o fascismo nem se debate nem se discute. Ao fascismo deve ser combatido e se for possível aniquilado, como em Berlim, Stalinegrado, Leninegrado e tantos campos de batalha mais em que os jovens soviéticos demonstrárom o que é ao antifascismo. Nom é umha pose, nem umha tribo urbana. É um estilo de militáncia e de combate.
No próximo dia 9 em Donostia, essa gente vai ser homenageada. As e os bascos que dérom todo em sua luita antifascista. O Exército Vermelho. A resistência antifascista europeia e mundial. Os máquis. Todas essas mulheres e homens que conseguírom dar cabo do nazismo. A URSS que derrotou Hitler e a sua fedorenta ideologia que tanta morte e sofrimento ocasionou. Essa URSS que orgulhosa tinha o melhor exercito daqueles anos e demonstrou-no derrotando o fascismo.
Dirigido, e nom o esqueçamos, por Staline. Nom esqueçamos nengum dado e desde essa memória façamos juízos justos da história.
Ninguém nunca vai poder negar isso. Som 70 anos de vitórias do Exército Vermelho e da URSS. De bem nascidos é ser agradecidos, vemo-nos em Donostia no dia 9.