De fato, pesquisa divulgada pelo jornal El País, em 16/04, confirmou uma “onda antiterceirização” dominando 98% dos debates sobre o tema nas redes.
Em 21/04, Paulo Roberto Junior divulgou pesquisa da Fundação Perseu Abramo que aponta a internete como principal fonte na busca de informações e notícias para 68,6% da população. Bem à frente da Itália, segundo colocada, com 57%.
Por fim, em 17/04, Sérgio Amadeu publicou em seu blog artigo sobre o chamado “acordo Dilma-Zuckerberg”. Para o especialista, os entendimentos entre a presidenta e o fundador do Facebook podem ameaçar a “neutralidade” da rede, prevista no Marco Civil da internete.
São informações a que todos os que atuam na luta contra-hegemônica devem estar atentos. Aparentemente, o peso das redes e portais virtuais é cada vez maior na disputa entre visões de mundo radicalmente diferentes.
É verdade que não se pode ignorar que estamos falando de mais um meio de comunicação, ainda que com características específicas. Entre elas, um alto nível de monopolização, apesar de sua aparência aberta e transparente.
Fundamental, portanto, que a esquerda desenvolva políticas para intervir nesse meio. Afinal, em meio ao conservadorismo que predomina nas redes, a enorme rejeição ao PL 4330 parece ter sido uma exceção. E sua aprovação com apoio total dos tucanos mostra como seu peso político tem que ser relativizado.
De qualquer maneira, ajudaria se o governo evitasse fortalecer gigantes como o Facebook.