Leia a Parte I aqui.
A moderna exploração petrolífera iniciou-se nos Estados Unidos no final do século XIX através da criação de pequenas empresas geralmente administradas por pessoas dispostas em arriscar suas economias.
Este pioneirismo possibilitou ao setor industrial deste país o desenvolvimento de técnicas e controle dos equipamentos destinados à exploração petrolífera.
A partir de 1870 as empresas pioneiras perdem terreno iniciando-se um processo de concentração ou monopólio do setor petrolífero. O principal agente desta transformação foi John Davison Rockefeller, na época, um jovem que acumulara recursos vendendo armas aos dois lados em disputa na guerra civil dos Estados Unidos.
Rockefeller inicialmente controlou o sistema de transporte petrolífero e através do monopólio dos fretes inviabilizou vários empreendimentos criando as condições para a compra de diferentes empresas de petróleo, sem condições de transportar a produção, a preços de ocasião.
Em pouco tempo a Standard Oil, empresa criada por Rockefeller em 1870, controlava a extração e transporte do petróleo nos Estados Unidos. Esta forma de manipular a produção é conhecida por truste e contra esta prática foram criadas diferentes leis nos Estados Unidos que, apesar dos esforços, não conseguiram acabar com o poder de Rockefeller.
Efetivado o controle do mercado nos Estados Unidos a Standard Oil passou a comprar áreas com potencial petrolífero em todo o mundo, inclusive no Brasil, ampliando o seu poder econômico.
Estas áreas constituíam uma reserva da Standard Oil controlando, a empresa, o volume de petróleo a ser produzido garantindo o preço de seu interesse. Este controle impedia ainda o desenvolvimento de uma indústria petrolífera fora dos Estados Unidos e no máximo autorizava a transformação dos países detentores de petróleo em exportadores de matéria prima.