Soaram como capitulação de um governo que acha possível conciliar forças tão diferentes como se água e óleo fossem e comemorou o caráter pacífico das passeatas.
Nem o lado ridículo do movimento, a "socialite" Juliana Isen, de seios de fora e os bicos cobertos por adesivos de fora Dilma, serviram para descaracterizar o movimento, luta de classes, elites brancas notadamente de São Paulo e regiões do Sul do País, ou dar um norte ao governo.
O PT hoje é um partido de burocratas montados em ONGs e que tais, onde cada qual defende o seu feudo e abriga as próprias famílias, amantes e esposas, num vai e vem de verbas públicas, que o faz ignorar o tamanho do tsunami representado pela mídia de mercado, a grande motivadora da luta da direita.
Pré-sal e BRICS são os grandes desafios de Dilma, mesmo diante de uma crise econômica global, onde exatamente a chefe do governo cede e aceita regras ortodoxas na economia, deixando de lado políticas independentes e de caminhos à esquerda, que deram visibilidade ao Brasil. O próprio ministro das Relações Exteriores, de um País sem política externa desde a saída de Celso Amorim, aceita pressões norte-americanas sobre a Venezuela. Não sabe para que lado do campo e o gol do adversário e chuta contra as próprias redes.
Dilma escolheu um Ministério pífio, sem condições de responder aos desafios do momento e abriu as portas ao sionismo na sensível área de Defesa ao colocar ali o ex-governador da Bahia Jacques Wagner, notoriamente ligado ao movimento.
Como sair da confusão? Não é possível que a presidente não saiba que os governos dos EUA e de ISRAEL não estejam por trás desses movimentos, ao lado de seus serviços de inteligência, dos grandes conglomerados petrolíferos e bancos, no afã de conquistar direitos sobre mais de oito trilhões de dólares em petróleo, riquezas naturais diversas e uma Amazônia imensa, sem falar na água. O império terrorista que coloca suas garras sobre toda a América do Sul.
Em estado pré-falimentar, dependendo de dinheiro público e com 33% em mãos de Ralph Murdoch, o senhor da mídia em todo o mundo. Por todo o domingo incitou as pessoas a irem aos protestos. Fez a cobertura no próprio carro de som dos manifestantes em São Paulo e em outras cidades do País. Falo da GLOBO e das redes menores como a BANDEIRANTES.
Com um Poder Judiciário desmoralizado, um Congresso controlado por um maníaco fascista e falsário (Câmara dos Deputados), com mais de cem deputados e senadores respondendo a processos por corrupção, é difícil acreditar que o governo Dilma não encontre o seu rumo e não retome os caminhos dos compromissos assumidos em campanha. O PT, hoje, com exceções, é só um PSDB diferenciado e compromete todo o projeto político econômico, social e popular.
A legitimidade do governo é indiscutível, a presidente venceu as eleições mais difíceis desde a primeira vitória de Lula, mas escolheu um caminho contrário ao que vinha seguindo o seu partido e o seu primeiro mandato.
Dilma não vai conseguir equilíbrio e sustentar-se sem entender que vivemos uma fase da luta de classes e até Pepe Mujica já declarou que "as elites paulistas atrasam o desenvolvimento da América do Sul".
Ou pega o touro a unha e acorda o PT, inclusive com uma limpeza em seu Ministério, ou vamos andar para trás e perder, mais uma vez, a oportunidade da soberania plena, da independência política, econômica e das conquistas sociais.
Dizem alguns comentaristas que a presidente está um tanto deprimida com os fatos. É que pensou que podia voar mais alto que Lula e cedeu aos gritos da direita. Retomar agora é mais difícil. Mas não é impossível.
Um detalhe. A oposição sabe que o impeachment não é o negócio, pois teriam que ser convocadas novas eleições e isso significa a volta de Lula, ainda que esteja, a oposição, tentando envolvê-lo, nos seus próprios escândalos e dos seus vândalos da OPUS DEI, da FIESP (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SÃO PAULO) e os controladores estrangeiros.
Perceber que ou se vale dos instrumentos legais que dispõe e enquadra a mídia que mente, distorce e joga abertamente na desordem social e política, ou dança.
O que se espera é um governo recuperando o rumo. Um poste acendendo sua luz.