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Milton Temer

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Coreto da Praça

A primeira grande derrota do segundo mandato de Dilma

Milton Temer - Publicado: Segunda, 02 Fevereiro 2015 00:33

O governo Dilma sofre sua primeira grande derrota no segundo mandato. Não por acaso, vê o sacripanta Eduardo Cunha eleito no primeiro turno (267 votos) daquela que seguramente é a mais medíocre e mais reacionária composição da Câmara dos Deputados.


Arlindo Chinaglia não passou dos 136 votos, a despeito de todo o empenho dos ministros, inclusive, supõe-se, do próprio bando do PMDB.
 
Do ponto de vista político, Chico Alencar teve resultado melhor que Chinaglia. Num embate duríssimo, a votação esperada de cinco votos (a bancada do PSOL) foi superada com mais três votos. Expressivo, num "eleitorado" com tais características anti-povo.
 
Trágico, nisso, é ver a dimensão mínima, muito inferior à representação real na sociedade, do eleitorado progressista, ético e de esquerda.
 
E se chegamos a tal quadro, não se pode esquecer a opção feita lá em 2002, quando o sindicalista pragmático, que "nunca foi de esquerda", abriu mão do imenso apoio social que o levou ao Planalto, para optar pelo jogo do toma-lá-dá-cá, onde métodos como o do Mensalão e do petróleo [Lava Jato] terminaram por serem os parâmetros da "governabilidade". Traição coerente com a opção da submissão a um pacto conservador de alta intensidade, compensado como um reformismo fraco, assistencialista, incapaz de abalar alicerces arcaicos dos podres poderes controlados pelo grande capital.
 
Se chegamos a tal quadro degradado, de absoluta despolitização da política, não se pode absolver de responsabilidade significativa a totalidade dos quadros dirigentes do partido resultante desse transformismo típico da história do sindicalismo americano, onde Lula buscou sua principal inspiração, o neoPT. Uma cúpula desqualificada que se acomodou diante das gritantes concessões feitas pelo governo às políticas neoliberais e patronais, que herdou e manteve, do mandriando tucano-pefelista que o antecedeu. Que se rendeu ao projeto exclusivamente pessoal do grande chefe em sua perspectiva de poder pelo poder.
 
Cenário nublado para as forças progressistas, democráticas e revolucionárias de nosso País. Cenário de resistência diante do autoritarismo de novo tipo que se afirma a cada dia de forma mais contundente numa aliança perversa: fundamentalismo religioso, agronegócio, banca privada com privilégios cada vez mais consolidados pelas seguidas lambidas de bota que lhe oferece o Planalto. Tudo garantido pela lavagem cerebral permanente que a mídia conservadora não cessa de empreender.
 
Somos muito pouco representados, mas não vamos recuar de nossos propósitos a partir dos exemplos que nos chegam de fora: as repúblicas bolivarianas, agora reforçadas com a vitória já realizada do Syriza, na Grécia, e da expectativa de repetição do êxito com o Podemos, na Espanha.
 
Luta que Segue!
 
Revisão:  Sturt Silva.

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