Devemos saber que existe umha cámara municipal na Galiza que decideu excluír as crianças com necessidades especiais das suas atividades de verao. O motivo é a falta pessoal para atender às crianças com esse tipo de necessidades. Resulta que à hora de fazer cortes orçamentares, a Cámara o que fixo foi prescindir do monitorado especializado para atender essas crianças.
Falo de umha Cámara Municipal pobre, com um orçamento modesto? Pois nom; falo da Cámara Municipal da Corunha. A Cámara Municipal da Corunha, decideu que as crianças com dificuldades, que requiram pessoal de aopoio para a sua correta integraçom no grupo, sobra.
É o problema de que a calculadora pronuncie a última palavra. Somos pequenos quadrinhos que representam fraçons de orçamento. Se o rotulador do tecnocrata de turno chega a riscar o nosso quadrinho, estamos fora.
O rotulador é umha gadanha que te sega, e quando te sega ficas fora. E quando ficas fora, nom há oportunidade de que te restituam para a sua política. Ainda que o rotulador anónimo do escuro tecnocrata, a fazer a sua sega ao ditado da calculadora, nom seria nada sem o dedo arbitrário do cargo político, que cofirma, que ratifica, que decide. Sobre tudo, que decide. A vereadora de Cultura, Ana Fernández, é quem decide aquí, e é portanto a responsável desta medida descriminatória. Umha nova fenda que nos recorda que nom somos iguais entre nós. Que inclusso por caraterísticas de nascimento que nom escolhemos e nom podemos modificar, podemos ser punidos.