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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Ucránia, Europa e a esquerda

Andoni Baserrigorri - Publicado: Domingo, 04 Mai 2014 02:38

Nojo, nojo e indignaçom provoca o assassinato maciço de dúzias de civis pola Junta nazi-fascista que governa na Ucránia, junta que nom elegeu ninguém e que saiu após algaras de Kiev.


Também nom é muito correto isto último que acabamos de afirmar. Esta Junta nazi-fascista foi eleita pola Uniom Europeia, Estados Unidos e conjunto do imperialismo.

Com presteza conseguiu empatias de certa esquerda ocidental. Os de sempre e que já deixárom de surpreender polas suas reiteradas posturas pró-NATO, pró-imperialismo e inimigas dos povos, por muito que cobram as suas envenenadas lambonadas com ensarilhadas teorizaçons a falar de ditadores, assembleias de povos que iniciam umha romántica revoluçom que depois, como um paradoxo, jamais se expressam, levando a que essas románticas revoluçons sejam assimiladas pola estratégia imperialista.

Som os Santiago Alba Rico, as Correntes Vermelhas, as Esquerdas Anticapitalistas e os jornais e “webs alternativos” a escreverem e publicarem esses discursos inteletualoides, em que sempre insultam os e as anti-imperialistas denominando-os “estalinistas” “pró-russos”, com saudades daquele Estado socialista...

Discursos repugnantes que nom fam mais do que confundir a esquerda, dividi-la, impedir a solidariedade... Os passados dias, com motivo do 1º de maio cubano, numha destas “webs alternativas” podia ver-se uma artigo assinado polo conhecido “Franco-atirador do cauto” em que desprestigiavam a revoluçom cubana. A pretexto da “crítica”, menosprezava um povo mobilizado nesta importante data arredor do seu partido e do socialismo e apeçonhava de novo a luita de um povo heroico.

Sempre som os mesmos. E atrevemos-nos afirmar que, no suposto dumha primavera cubana ao estilo líbio, escusariam o império, falariam da “tirania”, tratariam de nos baralhar com as suas “críticas por melhorar o socialismo” e no caso de vitória da “gusanera” e execuçom dos dirigentes cubanos, pois diriam-nos que a revoluçom democrática foi seqüestrada pola direita.

“A NATO bombardeia pouco na Líbia” dixo um elemento da trotskista Corrente Vermelha, na Líbia está a se dar umha experiência de sovietes, dixo mais um da mesma formaçom. Assim som de alucinados e de sem-vergonhas.

A outra esquerda, a honesta ainda que erre, inequivocamente anti-imperialista, revolucionária, a que com certeza é anticapitalista, denunciamos estratégia imperialista de reconquista do mundo para roubar suas riquezas ainda que para isto tenha que assassinar milhons de pessoas no Iraque, Afeganistám, Jugoslávia, Líbia, Síria, Ucránia... A esquerda está dividida? Pois sim, nom é possível negarmo-lo, mas polo menos quem assina este artigo nom vai a lado nengum com a nova “gusanera” mascarada de esquerda, que nom é mais do que umha aliada eficaz, quer do imperialismo, quer do capitalismo.

Falamos da Uniom Europeia -Nom é por acaso Uniom Europeia agente imperialista que financiou estas revoluçons de cores, coaligado com o mais lúgubre do imperialismo ianque e do bando criminal NATO- A Uniom Europeia nom está atrás do ascenso ao poder dos nazi-fascistas na Ucránia? Nom som França, Gram Bretanha e Alemanha responsáveis polo banho de sangue da Líbia e o assassinato de Gadafi, para roubar as suas imensas riquezas naturais? Nom é por acaso que tornárom o país de maior nível de vida de África num inferno integrista.

A Uniom Europeia e os EUA nom tenhem amigos, tenhem interesses, e se tenhem de apoiar integristas, apoiam-nos, se tenhem de apoiar nazis, fam-no... o que for preciso polos seus mesquinohs interesses.

Po que temos tanta preocupaçom os povos que aspiramos à independência em que seja a Europa a nos reconhecer? (Nom dizemos o termo Uniom Europeia e usamos Europa por pura estratégia, fica mais digerível...)

Nesta Europa ou Uniom Europeia queremos estar? Aspiramos a ser os magarefes dos povos trabalhadores do mundo? Porque aqui nom existe médio termo, se estás na UE seja para o que for...

Quanto a mim, que vaia para o inferno a Uniom Europeia e o seu parlamento. Nom desejo umha independência com as caraterísticas das repúblicas bálticas que nom som mais do que bases de agressom da NATO contra os povos. A Independência real, à qual eu aspiro, apenas é possível fora da Uniom Europea e do euro.

Os nazis ucranianos, filhos putativos da Uniom Europeia, assassinárom queimando-os vivos, dúzias de cidadaos no leste do país. Nom surpreende, som nazis e repetem as estratégias e açons dos seus antecessores dos anos 40. A este gente nom vai este escrito. Com os fascistas e nazis nom é possível debater nem negociar. Tenhem de ser aniquilados e pronto, porque, senom, aniquilam-te eles a ti.

Hoje em dia, a autêntica batalha antifascista e anti-nazista está-se a dar na Ucránia, com dous bandos bem diferenciados. Os fascistas governantes com apoio europeu e os antifascistas do leste do pais. Nom som pró-russos, falemos com clareza, som antifascistas e quem assinalar equidistáncias e/ou compreenda açons desta escória nom é de esquerda, assim, com toda a clareza.

Este escrito nom vai dirigido a este gente dizia... O nojo e indignaçom com que começava este escrito reservamo-lo para a Uniom Europeia e para essa corte de “esquerdistas”, autênticos vermes cúmplices precisos do imperialismo.


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