Muitos lamentaram o caráter espontâneo das manifestações de 2013, quanto a isso Barker afirma:
O historiador Lawrence Goodwyn, escrevendo sobre o movimento operário polonês, observa que, quando os historiadores usam o termo “espontâneo”, o que eles realmente querem dizer é que na realidade não sabem o que aconteceu.
Se trocarmos “historiadores” por “militantes de esquerda” na citação, podemos ampliar seu alcance e precisão.
À crítica ao espontaneísmo geralmente seguem-se cobranças pela elevação da “consciência de classe”. Em relação a isto, Barker lembra que a “consciência de classe” não é um “sistema plenamente formado de ideias que pode (...) ser adquirido em livros”. Não adianta alguém saber o que é a teoria da mais-valia, por exemplo, mas dizer que “não há nada a ser feito em seus locais de trabalho ou suas comunidades porque todos são ‘atrasados’ demais”.
Finalmente, há os que só dão importância às grandes lutas e acontecimentos. A estes, o recado do texto é o seguinte:
Pequenas lutas preparam o caminho para movimentos maiores. Nelas os trabalhadores começam a medir a si próprios contra seus patrões e governantes com um pouco mais de confiança, em um processo molecular de mudança de consciência (...). Essa é a razão para que os socialistas prestem tanta atenção a pequenas greves e campanhas locais.
O texto merece ser lido na íntegra. Clique aqui e bom aprendizado.