O AEQUUM (http://aequum-equidade.blogspot.com) é um grupo de pessoas que se foi juntando virtualmente para partilhar poesia experimental e experiências poéticas desde 2010 até aos dias de hoje. Ao longo de três temos experimentado diversas linguagens, formas, temas, diálogos, questões e respostas através de um blogue com um objectivo e uma série de princípios: porque para além de poesia experimental também existem experiências poéticas; porque todas as actividades de escrita estão em igual alcance e em relação com o ser humano como ele deveria estar com a natureza. Aequum : equidade, imparcialidade, igualdade. Acreditando na livre partilha seguimos criando em conjunto em todas as línguas que aparecerem, em formato visual ou textual.
Após dois anos de existência surgiu a proposta a todos os membros do dito grupo em criar (actualmente sem periodicidade) uma revista digital, D’AEQUUM (https://sites.google.com/site/daequum/), com o objectivo de reunir os textos do blogue mais consultados, partilhados e comentados, mas também reunir colaborações externas: amig@s, conhecid@s, gente que tem queda para a escrita ou escrita para a queda. Ao fim de três números com gente de diferentes locais a trabalhar para a existência digital da revista (Montemor-o-Novo, Tavira, Évora, Lisboa, Cáceres, etc.) e de um suplemento de poesia visual (a sair brevemente), lançamos agora o apelo a quem leia e partilhe o presente artigo. Mandem-nos os vossos poemas, artigos, textos críticos, notícias de interesse do mundo da criatividade, o que vos parecer coerente após cuscarem os números da nossa modesta revista no site próprio.
Não temos a pretensão de tornar a revista num objecto ou produto. Pretendemos, isso sim, unir tod@s aqueles que se expressam no mapa das línguas lusófonas (ou galegófonas – opinião do autor do presente artigo) ou qualquer outra língua, com o tema de que a expressão escrita é um contributo para a mente, um desbloqueio constante, uma ferramenta de comunicação e, acima de tudo, de construção crítica, de tempos bem passados, de entrelinhas e paratextos.
Fica aqui o apelo a tod@s vós para lerem os nossos números, visitarem a nossa casinha cibernética onde vamos trocando as nossas vidas, e o convite aberto à vossa participação nos próximos números.
Aproveito também para enviar um abraço e um beijo a tod@s @s companheiros que contribuem e têm contribuído para tempos tão bem passados a ler, escrever, conhecer, viver, sobreviver:
Ana Sêrro (colaboradora); André Calvário (fundador); André Lourido (colaborador); António Costa (colaborador); Daniel Ferrer (colaborador - membro); Diogo Godinho (colaborador); Filipe Adão (colaborador – membro); Hélder José (colaborador – membro); João Sousa (fundador); Kuster Aragem (colaborador e ideólogo da criatura que nunca nasceu mas está sempre connosco – membro); Marco Mangas (colaborador); Marta Ferreira (colaboradora – membro); Nuno Cacilhas (fundador); Nuno Mangas-Viegas (fundador); Nuno Travelho (um grande abraço com saudade); Pedro Bragança Maia (colaborador); Ricardo Hayes (colaborador); Salomé Abreu (colaboradora); Sebastião Gralha (colaborador – inspiração); Vanda Caetano (colaboradora – membro do grupo); Vicente Vivaldo Fino (colaborador – membro – um grande abraço caro amigo, que a vida te sorria por quanto lutas pelo sorriso).
Não poderia fechar o artigo sem assinar em nome de tod@s, agradecer-v@s e deixar alguns versos nossos (deixo-vos a identificação aos autores, roubando-lhes as palavras que explicam o que baste):
«antes de mais gostava de te dizer / que nenhuma ortografia no mundo te pode ajudar nessa tarefa…»
«Olho para o lado em sopro introdutório,/ e já espreita a matilha de versos...»
«O cavalo selvagem, centopeia/ deslizando pelo braço / estatiza-se perante as linhas / marcadas a roxo nos olhos.»
«lá fora a paisagem cá dentro o murmúrio da máquina e das gentes caladas pelo ‘punk rock’ quase progressivo que me grita nos ouvidos»
«Vieste de costas cheirando a lágrima / Mas teus olhos, cerrados, / não gritaram a rusga da manhã»
«compassos compostos, marcados a três, que lê, um de cada vez. / ligaduras que fazem a prolongação de um mundo para outro, e que acabam num acorde diminuto, difícil de explicar.»
«Não sei quantas camadas de pele tens, quantas barreiras tens àquilo que te conheço, apenas sei que as dificuldades em ti me são fáceis.»
«...não é com tinta mas com o meu sangue que escrevo...
...foram dois corvos que anunciaram a tua chegada...
...começou, quão delirante mergulho em queda livre e vertiginosa...
...prenúncio de morte num beijo...»