É o que mostra Howard Zinn, em seu livro "Uma história do povo dos Estados Unidos". Ele cita uma carta de Lincoln a Horace Greeley, editor do New York Tribune, escrita em agosto de 1862:
Meu maior objetivo nesta luta é salvar a União, não é salvar ou destruir a escravidão. Se eu pudesse salvar a União sem libertar nenhum escravo, eu o faria. Se eu pudesse salvá-la libertando todos os escravos, eu o faria. E se eu pudesse fazê-lo libertando apenas alguns, também faria isso. O que faço em relação à escravidão e às pessoas de cor, faço porque ajuda a salvar a União. E quando me calo, me calo porque acredito que assim ajudo a salvar a União... Manifesto meus propósitos de acordo com minhas obrigações oficiais, e não pretendo ceder a meus desejos pessoais, já bem conhecidos, no sentido de que todos os homens, em todos os lugares, sejam livres.
É por isso que, durante a guerra, uma lei libertou escravos apenas nas áreas que lutavam contra a União. Sobre isso, o jornal inglês "The Spectator" escreveu: "O princípio não é o de que um ser humano não possa possuir escravos. Ele pode possui-los, desde que seja leal aos Estados Unidos".
Depois que a Guerra Civil terminou, os negros continuaram a lutar por igualdade legal por 100 anos. Sozinhos.