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Joám Lopes

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Carta a Martinho pequeno

Joám Lopes - Publicado: Quinta, 01 Novembro 2012 14:45

Umha nova jeira de infámia e terror mediático e institucional percorre a nossa cidade do Norte.


Ainda quentes os factos nojentos e que ficarám para a história, dos quais foi vítima o irmao Pintos. Anteontem, 118 pessoas concentramo-nos na rua, para denunciar a captura pola GESTAPO dos nossos Júlio, álias ele mesmo, Sílvia e os seu filho Martinho. A imprensa que, sejamos sinceros, tende a aumentar os números na nossa cidade, decidiu prescindir da metade de nós, tanto na escrita como na imagem, é o que há.

O regime da Transaçom, quanto mais questionado, vai ser mais violento e taimado. Os seus servidores, como Frijolito, o covarde, trampulheiro e delinqüente eleitoral, serám mais cínicos e loquazes na petiçom de que os demais participem do seu mundo corrupto e corrompido. Queria pronunciamentos. Frijol é, dim, o presidente, mas nom é o povo galego, felizmente. La Voz e Paco Varela nom som a informaçom, som a formaçom e sabe deus que mais cousas. E todo assim.

Martinho, um independentista de oito meses e sua mae, a minha amiga Sílvia, fôrom detidos para o delito de torturar o seu pai. A estas horas, Júlio, álias ele mesmo, é a única pessoa que nom sabe que foi da sua mulher e do seu filho. Esta cousa, habilmente explorada polos peritos da brigada de informaçom, tem um nome. Eu chamo-a tortura. E vós?

Conheço, quero e admiro o Júlio, funga-ma de que o acusem e manifesto que, quando puder, darei-lhe umha forte aperta, e se as cousas venhem mal dadas, isso mesmo farei através dos vidros dos locutórios. Prometo ser-che fiel a ti e ao teu nome, respeitar os teus, ajudá-los no que puder e tentar estar à altura desse povo trabalhador galego que sei tanto estimas. Veremos se o consigo.

Martinho, tés o nome dum Grande do POVO, sei que o teu nome é umha homenagem a ele, morto muito pouco antes de que tu nascesses. Outros, como os meus companheiros da direçom da CIG, preferirom negar-lhe a homenagem que fazemos aos que tenhem morrido e fôrom alguém no sindicato, para dissimular, sofreu idêntico destino o campanheiro Emílio Carneiro, que aproveito para reivindicar também. A covardia e o que dirám nunca fôrom virtudes revolucionárias.

Martinho, mamá e papá som boas pessoas, honradas e generosas. Delas é de quem fala o nosso sagrado Hino. A gente de seu é a que tinge a estrela vermelha que com o azul e branco formam a bandeira da NOSSA REPUBLICA. Se os sacrifícios seus valem para ganhar, viverás num país livre e soberano e, se nom, lembra sempre que a luita continua e nunca esqueças de que terra e de que gente és filho.


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