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Sergio Domingues

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Pílulas Diárias

Somos todos “mortos que andam”

Sergio Domingues - Publicado: Segunda, 10 Setembro 2012 17:59

Os mortos-vivos fazem cada vez mais sucesso nas mídias de entretenimento. O maior deles é "The Walking Dead". Os "mortos que andam" surgiram, primeiro, nos quadrinhos, de Robert Kirkman e Tony Moore. Depois viraram um dos seriados de maior audiência na TV paga.


Os chamados zumbis nunca foram tão populares como outras criaturas assustadoras. Diferente de vampiros e lobisomens, por exemplo, os mortos-vivos são muito passivos. Então o que explicaria todo esse sucesso recente?

Em Walking-Dead, o mais assustador são as pessoas, não os zumbis. Enquanto os mortos cambaleiam desajeitados, os vivos guerreiam entre si selvagemente. E quando não fazem isso, sofrem com suas relações afetivas, problemas familiares, preconceitos, racismo, neuroses, relações de poder etc.

Na vida real, todo morador das grandes cidades cruza com centenas de pessoas por dia. A grande maioria delas, perfeitas desconhecidas. São corpos que se movem, passam uns pelos outros, mas representam pouco uns para os outros. Nada sabem sobre os conflitos, alegrias, conquistas e derrotas umas das outras.

É possível que o segredo do sucesso de Walking-Dead seja este. Vivemos em sociedades de massa. Estamos cada vez mais juntos, misturados e solitários. Mesmo a família nuclear dispersou-se pelos cômodos da casa. Cada um com sua TV, computador, celular. Lá fora, um mundo perigoso e caótico.

Nada disso quer dizer que não tenhamos nossas batalhas para travar. Muitas delas, cansativas e perigosas. Mas as enfrentamos quase solitariamente. Os estranhos que passam por nós todos os dias são mortos que andam. E representamos o mesmo para eles. Muito conveniente para os que nos dominam. Assustador para todos.


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