O mau é que só a podo seguir através dos meios de comunicaçom burgueses. Todos e todas sabemos que o poder recorre aos meios de comunicaçom para desprestigiar, desligitimar a luita e preparar o terreno para o endurecimento repressivo e a imposiçom das suas leis mais retrógradas. Já gostaria de ver os vídeos e a informaçom que circula na rede!
A combativa luita dos mineiros é digna de ter em conta, polas ensinanças que pooemos extrair. Por exemplo, enquanto na Galiza a luita se desenvolve só às manhás, como se a tarde e noite nom existissem, os mineiros luitam às manhám, à tarde e à noite, desorientando e mantendo tensionadas, em todo o momento, as forças repressivas, minando-lhes a moral, pois nunca sabem em que momento se vai produzir o combate. Quando se trata de defender os nossos interesses de classe, nom é questom de percorrer as ruas, para se justificar, umhas horas de manhá e para casa descansar até o dia seguinte, de manhá. Assim nom se defendem de verdade os nossos interesses, nem o nosso futuro. Se lhe pomos tam pouco entusismo, tam pouca vontade e decisom, o nosso futuro, certamente, vai a ser incerto.
Outra liçom a ter em conta é a participaçom maciça das mulheres no conflito: companheiras, irmás, filhas... compartilhando, cotovelo com cotovelo, as preocupaçons, reivindicaçons e aspiraçons com os seus irmaos de classe. Criando-se na mesma luita umha unidade, umha pinha, um bloco indestrutível. Um exemplo extraordinário de compartilhar a luita, admirável!
Outra liçom mais; esta muito importante, é como os mineiros soubérom combinar perfeitamente as marchas a Madrid, com os encerramentros em várias minas, em diversos concelhos das bacias mineiras e na Deputaçom de Leom, com combativos e encarniçados combates nas barricadas, manhá, tarde e noite.
Lembro quando, por mor da greve do metal na "província" de Ponte Vedra, figemos a marcha a Compostela, a luita na província paralisou por completo.
Que nos ensinam as luitas dos mineiros? Que nos devemos atrever a luitar com audácia e valentia, desafiando as dificuldades e avançando em vagas para defender o tecido industrial do País que está em sério perigo de morte.
Defendamos o País, a nossa Terra mae. Só assim manteremos viva a nossa dignidade proletária e o futuro da naçom. Que se enteirem de umha vez, os imperialistas e os seus lacaios, que aqui há um povo que nom se rende e está disposto a dar batalha.
Há que atrever-se a luitar para conquistar a vitória.
Cárcere de Topas (Salamanca)
22 de julho de 2012