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Telmo Varela

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Forja de opiniom

O imperialismo, fase superior do capitalismo (II parte)

Telmo Varela - Publicado: Quinta, 12 Julho 2012 16:28

5. O imperialismo, antessala da revoluçom social. Com o domínio dos monopólios na produçom está atingido o grau máximo de socializaçom. Qualquer objeto produzido é fruto do esforço comum de milhares de obreiras e obreiros.


Porém, a apropriaçom desta produçom continua a ser privada, já que os meios de produçom se acham em maos de um reduzido número de individos. A contradiçom fundamental do sistema -a que confronta as forças produtivas socializadas com a apropriaçom individual- fai-se muito mais aberta e aguda formulando a necessidade urgente de destruir o sistema baseado na propiedade privada dos meios de produçom. É o grau de socializaçom atingido pola produçom na atual etapa monopolista o que cria as premisas materais para a realizaçom do socialismo.

Perante o monopolismo e o socialismo nom existe, pois, nengumha etapa prévia da evoluçom social, nengum degrau intermédio na escada histórica; como afirma Lenine "O imperialismo é a antessala da revoluçom social do proletariado"1.

Nesta etapa todas as contradiçons do sistema agudizam-se em extremo, em particular, a contradiçom que confronta a burguesia e o proletariado no interior dos próprios países capitalistas. A crise económica crónica, o desemprego, o crescimento da miséria e de todas as lacras sociais, et cétera, desencadeiam a luita revolucionária do proletariado pola tomada do poder. Ao mesmo tempo, agudizam as contradiçons que confrontam os diferentes grupos monopolistas polo reparto do botim. Isto provocou em 1914 a Primeira Guerra Mundial. A guerra quebrou a cadeia imperialista polo elo mais fraco (a Rússia Qzarista). Com a primeira Grande Revoluçom Socialista da história, que tivo lugar na Rússia em 1917 inicia a etapa de transiçom de um tipo de sociedade a outra no plano mundial.

Depois da primeira guerra imperialista mundial surgiu o primeiro Estado socialista; após a segunda, esgalhárom-se do imperialismo vários países da Europa e Ásia e empreendêrom o caminho do socialismo. Desa maneira cria-se o campo socialista, no interior do qual as relaçons económicas estabelecem-se tendo em conta os interesses do sistema no seu conjunto e de cada um dos países socialistas, conformando um novo tipo de relaçons económicas interestatais, estruturadas partindo da plena igualdade entre as partes.

À sua vez, durante as últimas décadas, umha poderosa onda de revoluçons de libertaçom nacional provocou a desintegraçom do sistema colonial do imperialismo, jurdindo dúzias de países independentes. O imperialismo perdeu definitivamente o domínio absoluto que exercia sob o mundo.

O imperialismo sofreu gravíssimas derrotas e nom pode manter o seu domínio com os seus métodos anteriores de violência. Com vistas a conservar a exploraçom colonial dos países fracamente desenvolvidos no aspeto económico e com o fim de anular as conseqüências da desintegraçom do sisetam colonial "o capital financieiro e a sua correspondnete política internacional -indicou Lenine- criam toda umha série de formas de transiçom de dependência estatal"2. O caraterístico do fenómeno estriva na variedade de formas de "países dependentes, política e formalmente independentes, mas na realidade envoltos nas redes da dependência financieira e diplomática"3.

O sistema capitalista entrou numha crise geral que abarca todos os aspetos da sua vida económica, política e ideológica. Nesta situaçom importantes setores oligárquicos do bloco imperialista sonham com achar umha saída à crise geral do capitalismo, despregando umha perigosa política de ameaças e chantagens ao campo socialista, intensificando as despesas militares e outras medidas que ameaçam com provocar umha guerra termonuclear.

Que cada vez mais países se somem o campo progressista, o incremento da luita anti-imperialista por muitos países de Ásia, África e América Latina e o próprio desenvolvimento da luita revolucionária nos países capitalistas geram as barreiras perante as quais terá que deter-se o imperialismo, senom quer que umha guerra desatada por ele provoque o seu definitivo fundimento.

6- O capitalismo monopolista de Estado e a profunda crise do seu sistema
Nos últimos anos, com o propósito de sustentar o fendido sistema capitalista, os monopólios inirom a sua força ao poder do Estado burguês. Aparecendo assim o capitalismo monopolista de Estado. Se no período inicial do capitalismo monopolista o Estado burguês nom intervinha diretamente na economia capitalista, na época atual os monopólios utilizam no seu próprio interesse a intervençom do Estado na vida económica e ponhem a sua inteira disposiçom o aparelho do poder estatal. Desta maneira nos países imperialistas o estado aparece como um dos instrumentos mais importantes postos em jogo para incrementar os ganhos capitalistas. A fusom do Estado burguês com o capital monopolista levou-se de tal modo que o Estado converteu-se num comité que administra os negócios da burguesia monopolista. Esta fusom apresenta formas diversas, a mais importante das quais é a "uniom pessoal". Polo geral os ministros habituam ser reconhecidos homens e mulheres de negócios ou mantenhem estreitas relaçons com os tiburons do Capital. A intervençom do Estado burguês na vida económica leva-se a cabo com a política de preços e salários, os empréstitos e os investimentos claramente favoráveis aos monopólios. Efetuam-se também convertendo em propriedade estatal determinadas empresas e ramas inteiras da produçom já ruinosa. Este espólio combina-se com o estabelecimento de novas empresas a custa do orçamento estatal que passam a maos privadas.
Outra forma de intervençom consiste na criaçom do mercado estatal que se alarga constantemente e no que os grandes monopólios vendem a sua produçom a preços ventajosos.

Com o capitalismo monopolista de Estado, o Estado burguês tenta "dirigir" e inclusive "planificar" a economia. Com isto pretendem achar umha saída às contradiçons cada dia mais fundas do sistema capitalista. O Estado imperialista esforça-se de balde por aplicar as denominadas medidas "anticrise", por regular as relaçons entre o Trabalho e o Capital, organizar o fornecimento de matérias primas e a venda da produçom das unions monopolistas e por levar a efeito outras medidas que segundo afirma podem acabar com os vícios e lacras do capitalsimo dos nossos dias. Os revisionistas e resto de socialreformistas, junto os defensores acérrimos do imperialismo, tentam apresentar o capitalismo monopolista de Estado como um novo regime social diferente do capitalismo "velho", "clássico"; afirmam que o capitalismo moderno vai-se transformando em socialismo, que nele já nom existem nem a burguesia nem o proletariado, que já nom há luita de classes, que agora há interesses comuns, etc.

Na realidade todas essas afirmaçons nom som mais que tentativas de embelecer o capitalismo moribundo e a superexploraçom. Porém, as contradiçons som mais profundas que nunca, pois um número ainda mais reduzido de monopolistas submete ao seu domínio e capricho à imensa maioria da humanidade.

Telmo Varela
Prisom de Topas, Salamanca, 19 de junho de 2012


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