Há que ter claro que a sociedade capitalista é umha sociedade dividida em classes antagónicas e, precisamente, essa luita de classes é o motor da história. Na sociedade de classes, cada pessoa existe como membro dumha determinada classe, e todas as ideias, sem excepçom, levam o seu selo de classe. Como vivem os dirigentes sindicais?, a que determinada classe se aproximam? Tenhem salários de currantes ou mais bem de executivos?, et cétera. Vivem dos subsídios do Estado, ou seja, dos impostos de todos nós e das quotas dos seus filiados e filiadas, por conseguinte, os seus honorários deveriam ser públicos, transparentes e claros, porém há mais secretismo que com os orçamentos da Casa Real. Exigem transparência para os demais e ninguém sabe o que cobra José Cameselhe (CCOO) ou Antolín Alcántara (CIG) ao mês com as suas correspondentes dietas.
Os reacionários espanhóis, para manter-se no poder, contam com determinados alicerces, um deles som os sindicatos ao seu serviço. Desde logo, senom existissem os sindicatos, os próprios capitalistas criariam-nos na maior brevidade pois nom podem subsistir a estrutura capitalista sem a achega fundamental dos sindicatos. O mesmo sucede com as Forças Armadas, sem elas o sistema capitalsita duraria dous dias. Daí que nom escatimem em gastos para esses alicerces. Cortam em todos os ministérios excepto nos relacionados com a guerra e a repressom. Assim pois, se queremos acabar com o capitalismo parasita temos que acabar com os sindicatos ao seu serviço. Nom fica outra! Umha cousa e a outra estám interelacionadas.
Esses mal chamados sindicatos maioritários desapareceriam da noite à manhá se o Estado lhe cortasse o grifo dos subsídios. Orabem, isso nunca vai suceder. Antes cortam no ensino e na sanidade pública, em investigaçom, serviços públicos, etc. Os capitalistas nom som tam parvos como para atirar pedras contra o seu próprio telhado, umha vez que dessapareçam os sindicatos servis e lacaios eles teriam também os dias contados.
Som inimigos do proletariado todos aqueles que estám confabulados com o sistema capitalista, e se esforçam e trabalham por perpetuá-lo no poder. Esses som os nossos inimigos e os inimigos nom desaparecem por si sós. Som amigos do proletariado aqueles que apoiam as suas reivindicaçons e as suas aspiraçons d libertar-se das cadeias da exploraçom e a opressom. Som amigos de palavra aqueles que só apoiam de palavra, e os que se situam ao lado do proeltariado de facto como de palavra esses som os amigos de verdade e os que realmente necessitamos.
Todos os dados apontam a quea Greve Geral, na Galiza, foi mui exitosa em quanto participaçom nas manifestaçons, mas muito tranquila nos piquetes e nas mobilizaçons, o que resultou pouco combativa e para muita malta umha greve tristona. Os sindicatos (CIG, CCOO e UGT) som diques de contençom da expressividade das pessoas que saem às ruas a defebnder os seus interesses e a luitar por eles. Há tanto medo o desbordamento doimaginado por estas centrais sindicais que se chega ao controlo excessivo, a instauraçom de umha polícia interior em cada serviço de ordem, em cada piquete, em cada mobilizaçom. Que nada se desmande, que todo siga o guiom pre-estabelecido entre o patronato e os sindicatos.
Chegados aqui, vem bem a pergunta: as greves gerais vam parar os cortes e as medidas antipopulares do governo de turno? Nom devemos ser ilusos nem fazerr grandes ilusons. @s revolucionári@s devemos chamar as cousas polo seu nome e nom deixar-nos levar pola corrente dos acontecimentos. Nengumha greve convocada polas máfias sindicais e controladas por eles vam conseguir algum objetivo contrário os interesses da oligarquia. A nom ser que a estas alturas pensemos que os sindicatos defendem realmente os interesses das trabalhadoras e trabalhadores. E dá o mesmo que a greve geral seja de 24 ou 48 horas. Umha greve mais ou menos nom vai acabar com os cortes (quantas greves gerais levam na Grécia, e olhade como está o país), nem vam a converter um governo reaci0onário em progressista. Nada disso. As greves vam a ter o seu efeito e vam por os governos contra as cordas quando sejam greves combativas e dirigidas por destacamentos de revoluciona´rios.
Desde logo, passará um tempo bastante longo antes de que se produza esta situaçom, quem nom a comprenda bem, ou nom a comprenda em absoluto, cometerá graves erros e passará por alto a necessidade de, em cada greve convocada polos sindicatos, organizar os elementos mais concientes para a luita, com o objetivo de sair de acad greve mais fortalecidos orgánica e ideologicamente.
Os sindicatos tentam borrar o que distingue o socialismo do capitalismo, a ditadura do proletariado da ditadura burguesa. Por suposto, avogam polo capitalismo e oponhem-se com todas as suas forças ao socialismo. Sabem que cumha nova sociedade (o socialismo e Galiza independente) acabarom-se-lhe as prevendas e o viver como burgueses. Teriam que viver o mais parecido a um obreiro/a, e só pesnar nisso entram em pánico. Nas circunstâncias atuais, o revisionismo e os liberados sindicais som perniciosos para o avanço do proletariado. Umha das nossas importantes tarefas atuais na frente ideológica é desmascarar o revisionismo e os sindicatos do sistema.
Cárcere de Topas (Salamanca)
13 de maio de 2012