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Telmo Varela

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Em coluna

Irmao Eduardo

Telmo Varela - Publicado: Quarta, 11 Abril 2012 15:37

Telmo Varela

O inimigo está famento de sangue. A sua impotência perante o pulo da juventude galega leva-o a descer até as mesmas vísceras onde se transmuta a matéria. 


E aí assanha-se com os presos políticos galegos, cospe o seu ódio contra Eduardo Vigo e, através dele, contra todo o povo galego. Os mercenários do Capital odiam todo o que tiver raízes galegas, odiam o povo galego como tal.

Hoje brilha o sol como um bom dia de primavera; porém, polas notícias que me chegam da prisom de Córdoba, parece-me um dia de inverno escuro, tristeiro; as paredes da cela voltam-se enegrecidas, tenhem manchas pretas como lagrimons pendurados, derramam-se tremulentas deixando estelas de ódio à sua passagem. A sua ignoráncia nom lhe permite ver que os processos revolucionários, todos eles, possuem umha virtude inerente ao mesmo processo, empuram cara adiante os autênticos jovens do País; e com a repressom pura e dura nom podem conter este imparável avanço.

O companheiro Eduardo tenhem-no em primeiro grau (o regime carcerário mais duro), onde se vulneram todos os direitos humanos. Os vexames e humilhaçons estám à ordem do dia, neste sentido, nom mudou nada desde os anos da ditadura.

Quem nom tem experimentado ao contemplar umha velha fotografia a estranha sensaçom de estar a olhar algo real, que está a acontecer hoje mesmo? Neste instante de pouco serve a certeza de que essa fotografia reflete outros tempos, pois projeta umha realidade atual, proporciona de facto que sejamos nós mesmos os que vivamos a verdade dessas instantáneas. Nada mudou.

A própria atitude do inimigo mostra que é necessária a independência da Galiza, do contrário, vamos sentir em toda a sua crueza as conseqüências da crise capitalista e umha repressom brutal contra toda luita democrática e nacional nunca vista até agora.

Desejo que a gente compreenda que a luita de Eduardo é a luita de todo o povo, que fai parte de um todo, que a Galiza nom pode ser livre se Eduardo e os demais presos políticos galegos nom formos libertados. A luita de libertaçom nacional apresenta-se como a única saída os males que atenazam a sociedade galega, só podemos recorrer à perspetiva revolucionária para animar, alentar e organizar as massas que suportam a rapina e a brutal repressom do Estado imperialista espanhol.

Desejo que nos fique sangue que derramar, por muito dramático que poda parecer, pois é sabido que nom existe libertaçom e progresso social sem umha parte de sacrifício; nem a liberdade pode ser plena, se nom nos esforçarmos nós próprios em conquistá-la.

Todo o povo em solidariedade com o Eduardo!

Paremos a repressom da besta fascista!

"Antes que ser escravos

irmaos, irmaos galegos

que corra a sangue a regos

dende a montanha ao val"

Ramom Cabanilhas

"Quando a luita é a morte,

o fiel resiste,

o indeciso renuncia,

o covarde atraiçoa ...,

o burguês desespera

e o herói combate"

Julies Fucik

Telmo Varela

Prisom de Topas, Salamanca, 11 de março de 2012


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