As questons às que se referia Manuel, eram os compromissos adquiridos polo SAT para continuar as luitas em Andaluzia contra do capitalismo e a favor das classes populares, na luita polo pam e a terra. Numha palavra, seu compromisso com a luita de classes, que por acaso alguém pudera esquecer, é o motor da história. Assim dixo Marx e nom errou. Dous séculos após dizer isso, vemos todos os dias como acima de todas as contradiçons, a principal contradiçom, e a que fai movimentar a história, é a contradiçom trabalho-capital.
As e os que tivemos oportunidade de conhecer personalmente Manuel sabemos que é umha pessoa muito inteligente. Leva mais de trinta anos ganhando por goleada as eleiçons municipais no seu povo e isso nom é por acaso. Sabe do que fala. E sabe com clareza que a deriva do capitalismo é irreversível. O capitalismo nom funciona e as condiçons de vida e trabalho às que nos vai tentar submeter vam ser, a cada vez, mais atroces. Usando umha frase coloquial, o capitalismo na sua fase atual de cada vez maior degeneraçom moral e miséria económica, vai fazer-nos a vida impossível. E o da vida impossível nom é umha exageraçom, é literal. Já som muitas as pessoas e famílias às que o mero facto de viver vai-lhes ser impossível, e é que para vivermos e jantar todos os dias, além de pagar a luz, agua, impostos...sem qualquer um ingresso...Cómo é possível viver?
Também Manuel e muitos mais sabemos que o capitalismo, nom vai resignar-se a perder o poder político, assim, sem mais. Históricamente já o fijo há 80 anos e vai volver fazê-lo, senom o está a fazer já. O capitalismo para subsistir vai utilizar sua ferramenta mais contundente: O Fascismo.
Nos anos 30 do século passado, o capitalismo tirou da baralha essa carta. Para reprimir as ansias de liberdade da classe operária e do proletariado internacional, animados pola revoluçom de outubro, armou Alemanha e permitiu que agredisse grande parte da Europa, mas sobretodo a URSS, com o objetivo de acabar com o socialismo e fazer baixar a cabeça à classe trabalhadora para que compreendesse que nom havia saidas fora do capitalismo, eufemísticamente chamado "democracia" polos direitistas e seus parvos aliados da esquerda "democrática".
O banho de sangue que ocasionou Alemanha nazi, braço executor do capitalismo só foi anulado pola determinaçom da URSS, que conseguiu barrer do mapa o fascismo da Europa durante algumhas décadas.
Em definitiva, o capitalismo se precisa do fascismo o usa e pronto. Usou-no na Europa, Chile, Malássia, em Centro-América e em milhares de lugares mais, com o objectivo de frear as ansias liberadoras da classe operária e neste novo ciclo histórico, todos os dados apontam que voltará fazê-lo. De forma sibilina, já se fala na Grécia da possibilidade de golpe de Estado e a própria Uniom Europeia aponta a possibilidade de "governos fortes". Mais claro agua do rio. Do rio nom poluido polas empresas capitalistas, com certeza.
Às classes populares, ante as agressons que nos venhem e virám, apenas a única alternativa é a luita polos nossos direitos, nossas condiçons de trabalho e de vida, pola nosssa dignidade, para sermos tratados como seres humanos e nom mercadoria, numha palavra, para Viver!
Nessa luita que se aproxima e que já tivo seus primeiros escarcéus, o capital, nom vai duvidar em usar o fascismo. Nom vai precisar de bufons-falangistas ou palhaços neo-nazis. O fascismo que se aproxima é mais sibilino, mas fascismo, e mata do mesmo jeito. É por isso que Manuel advirte que se nom nos resignamos e luitamos, vai ter muito em breve mortos entre nossas fileiras. Dixo assim ao SAT andaluz, mas essas palavras servem para os Països Catalans, Euskal Herria, Galiza, Castela e a Conchinchina. A essência criminal do capital emergirá e seu instinto assassino para defender seus privilégios nom terá limites.
Falávamos dum novo fascismo que já está aquí, e diziamos com razom. Um fascismo sem bufons, mas fascismo. Um fascismo sem ultra-sures, mas fascismo.
Por acaso no é fascismo que os democráticos mossos de esquadra espanquem um minusválido em Barcelona, como tuvemos oportunidade de olhar nestes dias? Por acaso nom é fascismo que a polícia autónoma basca surre a um jovem em Gasteiz de 19 anos até lhe ocasionar um derrame cerebral, ou agredir umha pessoa em cadeira de rodas, ou um homem idoso? Nom é fascismo o ocorrido em Valência há um mês com os moços de 14 anos espancados pola polícia? Que som esses episódios senom violência capitalista em forma de fascismo? E as garantias constitucionais com que tanto enchem a boca? E os direitos à manifestaçom e a greve e tantos direitos mais de que nos falavam?
E todo é começar. Tem razom o bom de Manuel. Vam matar e mataram. Se as luitas operárias e proletárias seguem a avançar, pronto tomarám a decisom de nos assassinar como o figérom em Gasteiz em 1976, deixando 5 vidas de operários na rua.
O motor da história é a luita de classes. Lenine dixo que a luita de classes é umha forma de guerra e semelha que isso o sistema capitalista percebe-o com toda clareza. E o tem tam claro que já começou. Polo momento nos está a ferir e a nos encadear. Enquanto avancemos na luita nom duvidará em matar-nos.
O capital tem toda a clareza.