Segundo as suas palavras, a próxima reforma laboral vai custar ao governo da Espanha umha greve geral, quer dizer, Rajói daria por sentado que o conteúdo dessa reforma nunca seria aceite polos sindicatos; a pergunta seria porque o senhor Rajói está tam seguro disso e, ainda, porque a reaçom dos sindicatos maioritários está a ser tam à defensiva, no sentido de negar essa predisposiçom à greve que Rajói lhes presume.
É sabido que CCOO e UGT estivérom a dialogar com o patronato espanhol e o governo do Estado sobre (...quê?) Teoricamente estavam a pré-perfilar as linhas da reforma laboral, de fato as duas centrais maioritárias no estado espanhol mostrárom desde o começo a sua vontade de diálogo e colaboraçom e forom deixando cair os pontos onde o acordo estava mais próximo e aqueles aspetos onde o consenso estava mais complicado. O patronato foi também esrevendo a sua missiva aos "Reis Magos" ( nota-se bem que há confiança) Todo parecia que se ia resolver pola via do diálogo e, agora, o mesmíssimo Presidente do Governo de Espanha tem nos seus cálculos umha greve geral...
As duas centrais de confiança do regime assinalam a deslealdade do Presidente, já que as suas palavras delatam que "conta na Europa o que nom conta em Espanha". Possivelmente isto seja assim, ainda que de transparência quem menos pode dar liçons sejam estes dous sindicatos (onde estám as assembleias para explicar o que se estava a falar nas reunions trilaterais?) Com bastante probabilidade, essas famosas reunions teriam sido mais propagandísticas do que outra cousa; o senhor Rajói fotografaria-se com Rosell, Méndez e Toxo para aparecer ante a opiniom pública como um dirigente dialogante, mas à hora da verdade vai ser nas Cortes onde se conheça o verdadeiro conteúdo do texto da reforma laboral. Ali aprovará-se essa reforma, de novo contra a vontade da maioria da populaçom do Estado espanhol. Nom se sabe com quantas emendas, mas aprovará-se, porque o equilíbrio de forças nos hemiciclos o permite. Mas aqui quem fica em evidência som uns sindicatos maioritários, que quigérom jogar a um jogo ao qual o governo do PP em realidade nom pretendia jogar. E nom se lembrárom de que quem realmente fai possível que CCOO e UGT sejam os sindicatos maioritários do Estado espanhol e os mais representativos, som aqueles trabalhadores e aquelas trabalhadoras que se filiam a esses sindicatos e que depositam nas suas listas eleitorais a sua confiança. Simplesmente aplicárom a lógica de que "quem paga manda"; porque claro, sem as copiosas ajudas institucionais, como haviam de sustentar os sindicatos os seus empregados, as suas fundaçons, o seu ingente património ou mesmo o estilo de vida dos seus dirigentes? O problema dessa lógica é que perde de vista que essas ajudas procedem também dos impostos que esses trabalhadores e essas trabalhadoras pagam. Atençom, pois, com as esquizofrenias...
Que os sindicatos fagam manifesta traiçom à classe trabalhadora já nom é notícia, o que começa a ser preocupante é que sabendo que já é assim continuemos a premiá-los com a nossa confiança. Fai parte dessa identificaçom conflituosa da massa com o regime. Sabemos que isto falha, que nos levam por onde nom queremos, mas nom somos conseqüentes e isto acentua-se onde nom há o relativo contrapeso das centrais nacionalistas (para que depois venha a esquerda espanhola desprezar a importáncia da questom nacional nestas dinámicas). Com efeito, o quadrinómio PSOE-PP/CCOO-UGT repetem a mesma história de maneira cíclica, a massa repete a ladainha do "todos som iguais" e depois nom acontece nada. doentio. Se nom chegasse a ser porque se convocou greve na Galiza, em Euskal Herria, na Andaluzia e na Catalunya, também nom teria havido resposta à anterior reforma laboral. Se chegamos a aguardar polo que decidissem CCOO e UGT em Madrid...