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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Anti-imperialismo e Gara

Andoni Baserrigorri - Publicado: Sábado, 28 Janeiro 2012 01:00

Andoni Baserrigorri

Como renascendo das cinzas do recordado Egin, há umha década emergiu no panorama jornalístico Gara. Gara é muito mais que um jornal, Gara é o projeto de todas e todos os abertzales de esquerda.


Gara nom nasceu como por encanto. Houvo muita gente que achegou o que nom podia achegar. Dinheiro de férias, dinheiro poupado "à cautela". Vila a vila, bairro a bairro, centenas de pessoas voluntárias, realizárom milhares de entrevistas, para recolher o preciso para pôr em pé este diário.

Gara foi, e é, a única referência que temos as gentes da esquerda e abertzales em Euskal Herria. Publicam e dam conta de questons que o poder quereria calar e ocultar, os diferentes governos espanhóis e vascongados que tem havido nestes anos desejariam simplesmente que Gara nom existisse.

Gara nom é Egin, com certeza. Egin é o jornal que todas e todos temos nas nossas melhores lembranças. É o jornal com que crescemos, o jornal que consultávamos para ir aos concertos, que informava das convocatórias de manifestaçom, que ajudava a nos comunicarmos através dos recordados "merkatus"... Egin fai parte da vida de todas as pessoas que estamos acima de 30, de 40 e de 50 anos.

Egin jamais exerceu um papel contemporizador com o imperialismo. Egin estava com a Nicaragua, com Cuba, com a FMLN, com todas as luitas populares e polo socialismo do mundo. Egin nom deu trégua ao imperialismo e nos anos que lhes tocou informar, com agressons à Nicarágua, Granada, Iraque, etc. Sempre o tivo claro. Ao Império e a seus cúmplices, nem água.

A forma de informar dos acontecimentos internacionais em Gara é manifestamente melhorável. As pessoas que temos umha sensibilidade internacionalista e solidária face à dignidade, à luita pola emancipaçom dos povos, às vezes, sentimo-nos simplesmente magoados com a atitude de Gara face a estes temas. Já ergueu poeira o tratamento que Gara deu à agressom imperialista na Líbia, dando por boas as informaçons das agências dos países da NATO e proporcionando a impressom de se situar frente à justa luita do povo da Líbia por repelir o ataque atlantista. E as pessoas que temos essa sensibilidade também fazemos parte do Gara. Também as e os revolucionários, as e os internacionalistas e as e os comunistas estivemos na criaçom do Gara com todas as conseqüências, económicas incluídas.

Felizmente, no tema da Líbia, o Gara tivo esse arranque de dignidade que nom tenhem o resto de jornais, publicando algumha justa crítica que nesse sentido se fijo. Mas nom é apenas questom de aceitar críticas, talvez também seja questom de nom repetir erros. E o tema da Síria é mais umha queston na qual se deveria alinhar, nom com os agressores imperialistas, mas com o povo que luita pola dignidade e a soberania, o povo que defende suas fronteiras dos fanáticos islamistas, aliados de Ocidente.

Nos passados dias, o Gara publicou umha notícia na seçom de cultura em que se dava conta dum livro sobre os princípios do Século XX e centrava-se naqueles anos difíceis na URSS. O livro em questom intitula-se "Terras de sangue" e está escrito por Timothy Snyder, escritor de reconhecida trajetória anticomunista.

Neste livro, o autor, simplesmente equipara a URSS agredida e a Alemania nazi agressora e apresenta-as como dous infernos no meio do paraíso das democracias burguesas europeias da Gram-Bretanha, França etc.

Quem escreve a crónica do livro recomenda também o livro "como necessária leitura para compreender aqueles anos".

Iñaki Urdanibia, nome de quem isso escreveu, tem várias eivas na sua memória. A primeira é que somos muitas e muitos, muitíssimos diria eu, as e os comunistas que lemos o Gara e nos sentimos agredidos por esta e outras crónicas similares. E se nos sentimos agredidos nom é que sejamos especialmente sensíveis, mas que achamos umha agressom à inteligência comparar a Revoluçom Bolchevique com a Alemanha nazi. Com certeza.

Também achamos que se um Estado é agredido, e mais um Estado operário que, com suas carências, que as tinham, estava tratando de construir o socialismo, é agredido por umha potência fascista, tem perfeito direito à autodefesa.

Nós fazemos a questom de que sugestom pode fazer-nos o Iñaki, se após atingir a independência e o socialismo em Euskal Herria, a ansiada independência socialista pola que luitou entre outros Galdeano, jornalista do Egin assassinado polo bando criminal GAL, se formos agredidos por umha potência fascista estrangeira, que devemos fazer as bascas e bascos. Defender-nos como figérom os soviéticos e que parece molestar? Ou ficar de mãos cruzadas vendo como destruem o sonho de tanta gente?

Gente que apostou no Gara e que queremos que o Gara seja sensível a todas as formas de compreender o socialismo em Euskal Herria e que nom desejamos resenhas de livros pró-imperialistas no Gara, nem informaçons que provenham do capitalismo imperialista.


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