Eleições nos EUA são como guerras santas. Tem desde candidatos mórmons, como o próprio Romney, a “direita cristã”, seu rival Santorum, e explicações de gente que deve ter sido abduzida por algum disco voador, como a da deputada Michele Bachmann, natural de Yowa, local da primária e última ou penúltima colocada.
A moça disse que iria desistir da corrida pela indicação para unir o partido e “enfrentar a agenda socialista de Obama”.
Deve ter cheirado um trem errado. De qualquer forma dá a tônica da mediocridade geral dos norte-americanos, quase que absoluta, da arrogância e da prepotência dos senhores do mundo. Plantada sobre pilares de ignorância nuclear. Cinco mil ogivas espalhadas pelo mundo afora.
Se juntarmos norte-americanos, britânicos e franceses, certamente, nem criacionismo e nem evolucionismo, mas o poder dos grandes impérios. Aí é só acrescentar sionistas e teremos os povos eleitos, os escolhidos.
Os pré-candidatos republicanos têm uma dificuldade extra nessas eleições. Cresceu o número de muçulmanos no país, o suficiente para colocar em risco uma eleição. O lobby sionista, em contrapartida, principal acionista dos EUA, não abre mão de compromissos absolutos com Israel. É sempre bom não se esquecer que Al Gore venceu Bush nos votos populares, perdeu no colégio eleitoral por uma fraude em Miami. Teria vencido com fraude ou sem fraude se Ralph Nader não tivesse roubado votos preciosos em alguns estados, inclusive o da Flórida. Nader é um advogado e o primeiro em todo o mundo a criar uma consciência de consumidor dentro do mundo capitalista.
Uma espécie de pai dos PROCONs, digamos assim.
Os Estados Unidos, como o próprio nome indica, não são necessariamente nação. Preenchem os requisitos para o conceito clássico do termo, mas na verdade formam um grande conglomerado das mais variadas tribos, grupos, etnias, etc e marcham celeremente para se transformar numa Torre de Babel.
Isso é visível nos ataques constantes de alucinados contra escolas, empresas, etc. Na obsessão que norte-americanos têm com um rifle dentro de casa para garantir a liberdade.
As guerras que fazem mundo afora são como que ações de pirataria de um império que se assenta nessa confusão toda e necessita desesperadamente de explorar e sufocar outros povos para manter abertas as lojas da rede McDonald’s.
Por conta disso montaram um incrível complexo terrorista, associado a Israel, percebido por John dos Passos no início do século XX e definido com precisão quase absoluta por Dwight Eisenhower, presidente da “república” entre 1952/1960, na esteira de ter sido o comandante das tropas aliadas na 2ª Grande Guerra.
“Complexo militar e industrial”, foi o que disse o general. Esqueceu-se de citar os bancos.
Essa característica de complexo militar, industrial e financeiro é que permite ao país deitar seus tentáculos e colonizar os integrantes da Comunidade Européia, transformando-os em grandes bases militares. Ou sufocar muçulmanos no esquema de “ajuda humanitária”. Deve ser aquele negócio de “feliz aniversário mister presidente”. Primeiro Marilyn Monroe, depois toneladas de bombas, sem deixar de lembrar as duas despejadas sobre Hiroshima e Nagazaki.
Como, ao longo de sua história, intervir descaradamente em países da América Latina, notadamente a América Central, sustentar ditaduras como as de Somoza, Trujillo, Batista e os golpes militares na América do Sul na década de 60. Chegaram a assumir o comando das forças armadas brasileiras, a parcela golpista, a partir do general Vernon Walthers, amigo íntimo do marechal Castello Branco, primeiro “presidente” da ditadura.
Para se ter uma idéia da arrogância dos norte-americanos, a Libéria é produto de uma ideia de enviar os negros – escravos recém libertos – para um ponto qualquer da África e a capital tem o nome de Monróvia, em homenagem a James Monroe o presidente que proclamou que “a América para os americanos”.
A supremacia branca vem de longe.
Obama é uma aberração, mesmo sendo branco engraxado de negro, ou negro cínico que abandonou suas raízes e transformou-se num Bush qualquer, com um pouco mais, ou um pouco menos – vamos ver nas próximas eleições – de esperteza.
Deve ter se orientado a partir do senador Magno Malta, pedófilo racista que dá plantão no Senado brasileiro e nos últimos dias do ano disse que “ninguém pede para nascer negro, ou índio”. Há milhares de “magnos maltas” espalhados pelos EUA e um deles é Edir Macedo, com pouso em Miami.
Um candidato a presidente nos EUA tem que vender a alma ao diabo, além de negociar com as mais variadas fatias de Deus, apresentado em versões que vão desde “direita cristã”, a toda a gama de denominações e confissões que surgiram em nome de Cristo.
Por lá ainda não leram o “vai, dá o que tem, volta e segue-me”. Pelo contrário, agradecem o lucro na invenção de Martin Lutero, Calvino e outros.
A maior peregrinação, no entanto, é a feita junto aos grupos sionistas. Banqueiros que abençoam os candidatos, escolhem o melhor para Israel (tem o controle acionário do complexo) e apostam suas fichas na guerra santa contra o Irã.
Iraque, Líbia, Afeganistão, vai por aí.
A verdade é que nem precisam ganhar as guerras (tomaram uma coça no Vietnã). Não ganharam a do Iraque, estão sendo surrados no Afeganistão, destruíram via colônias europeias travestidas de OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte – a Líbia, investem contra o Hugo Chávez na Venezuela, promovem golpes em Honduras, o importante é que o consórcio de bancos e corporações se sustente nessa boçalidade típica da arrogância que lhes é inata.
Ao final de uma primária, por exemplo, é possível que os encarregados da limpeza do local da celebração, ou do choro dos perdedores, encontrem toneladas de embalagens de cachorro quente, pizza, comida chinesa, além do frango e da farofa dos que chegam do interior em cada estado da dita Federação. Ou União como gostam de dizer.
Rita Hayworth dizia que os norte-americanos têm o péssimo hábito de limpar a boca com as costas das mãos. Ao falar isso estava se referindo a John Wayne, um precursor melhorado de Silvéster Stalone, ou vice versa. Um sucessor piorado do cowboy.
Os tentáculos do complexo controlam hoje a mídia de mercado em quase todo o mundo, algo em torno de 90%. No Brasil o controle é pleno, absoluto. A apresentadora de um telejornal de um dos canais fechados do maior grupo de comunicação do País, na edição das 18 horas, na quarta-feira, dia 4, ao chamar a atenção para o próximo bloco de notícias referiu-se aos acontecimentos na Síria e comentou – “o governo sírio está acusando os Estados Unidos de incentivar os protestos”. Estava de pé, assentou-se, já entrada em alguns anos, para arrematar – “IMAGINA!”.
Vai ser assim até novembro, data das eleições.
O alvo preferido, os iranianos. E a depender do curso do processo eleitoral a guerra será a saída. A invasão “patriótica” do Irã, para salvaguarda de Wall Street. Esse é outro problema. Bancos começam a quebrar por todos os lados e o modelo precisa salvar banqueiros.
Nessa confusão toda surgiu o OCUPPY WALL STREET. Os milhões de indigentes norte-americanos querendo de volta o dinheiro tomado pelos especuladores. O peso eleitoral do movimento ainda é uma incógnita.
Em toda essa balbúrdia o que deve acontecer próximo de novembro é Obama descer dos céus cercado de bispos, pastores, rabinos, etc e do outro lado o candidato republicano, todos vestidos de Tio Sam.
Com toneladas de bombas sendo jogadas sobre “opressores” em “ajuda humanitária”.
Segundo Sarah Palin, ex-governadora do Alasca, vice na chapa de McCain nas eleições anteriores, no duro mesmo Obama é muçulmano, sua certidão de nascimento no Havaí é falsa e sua pretensão é transformar os EUA numa grande república islâmica. O Partido Republicano tem até novembro para decidir se o presidente e candidato à reeleição é socialista ou muçulmano.
No duro mesmo é um grande cínico.
Ah! Hillary Clinton resolveu recolher-se após o pleito. Segundo os marqueteiros as rugas e a perda do corpo atraente, a beleza que some, não permitem a ela aspirações políticas nem em curto, médio ou longo prazo. Vai ter que aguentar Bill até o fim da vida. Ou então chama o agente William Waack, seu analista preferido para questões que dizem respeito ao Brasil.