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Laerte Braga

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Cenário de guerra – A falência dos EUA

Laerte Braga - Publicado: Terça, 29 Novembro 2011 01:00

Laerte Braga

Eleições nem sempre refletem democracia porque muitas vezes a vontade popular não é a que sai das urnas. Há todo um processo objetivo e subjetivo num pleito eleitoral. Em se tratando de um país que emerge de uma ditadura de muitos anos, onde os militares são subordinados a potência estrangeira e os limites da lei eleitoral excluem setores importantes da vida do Egito, além da costumeira fraude em situações assim, toda a barulheira que a mídia ocidental vai fazer sobre a democracia que “nasce” no Egito, é só barulheira.


O povo está nas ruas e exige que os militares – subordinados aos EUA e a Israel – deixem o poder, vistam fardas egípcias e assumam seus deveres com a nação.

Se não for assim é farsa e tem todo esse cheiro, essa moldura para prestar-se a um quadro de guerra no Oriente Médio.

É a consequência das bestas feras agora feridas – Israel e EUA – e cada vez mais próximas da grande boçalidade. Falidos, se valem de arsenais de barbárie para sobreviverem. Irã e Síria são os dois objetivos primeiros e todo o Oriente Médio, o petróleo num plano imediato.

A agência de classificação de riscos FITCH revisou na segunda-feira para negativa as nota dos Estados Unidos. É o resultado do fracasso das negociações do chamado supercomitê formado por seis parlamentares republicanos e seis democratas, a propósito de um corte de 1,2 trilhão de dólares para a redução do déficit público.

Um jogo de mentiras, já que banqueiros, grandes corporações e montados na extrema direita republicana e no disfarce Obama intentam uma guerra contra o Irã, tal e qual fizeram à Líbia, o destruir para reconstruir, no terrorismo de Estado a ameaçar o mundo inteiro.

A diretora do FMI já chamou Dilma Rousseff para conversar, quer que o Brasil ponha dinheiro para ajudar países da Comunidade Europeia, a maior colônia de banqueiros e corporações nazi/sionistas fora dos territórios de Israel e EUA.

Voltamos aos barões e marqueses de Portugal levando o ouro do Brasil.

Breve tropas de burros descendo de São João Del Rei com bandeiras de El Rey – e dos tucanos – com o ouro brasileiro.

No patíbulo nada de Tiradentes, mas o povo brasileiro, a soberania nacional e a integridade de nosso território. Atacam por baixo d’água, caso da CHEVRON ao tentar piratear áreas do pré-sal.

Em Damasco, na Síria, centenas de milhares de cidadãos saem às ruas para emprestar apoio ao governo do país. Nenhuma notícia na mídia podre e comprada dessas bandas. Só os protestos.

O governo do Paquistão anunciou que vai rever suas relações com os EUA e a OTAN. Estão usando bases naquele país para atacar forças do próprio país que julgam contrárias aos seus interesses. O Paquistão tem armas nucleares.

Em Israel milhares de cidadãos vão para as ruas protestar contra o governo sionista de Benjamin Netanyahu, suas políticas interna e externa.

Na Líbia permanece a resistência de forças leais a Gaddafi – barbaramente assassinado e estuprado pelos rebeldes democratas –.

Na Arábia Saudita mantém-se intocada a família real pró EUA e num regime de terror quase que absoluto, assim como no Iêmen.

Não se trata de direitos humanos. Mas de garantias que o nazi/sionismo predominará e terá seus interesses assegurados. Militares são os alvos preferidos desse modelo. Curvam-se docilmente a qualquer brinquedinho que voa e atira com um mínimo de precisão, tanto quanto se lhes apetece baixar a borduna.

Foi assim em 1964, quando sob comando do general Vernon Walthers ponderável parcela das forças armadas brasileiras derrubou um governo constitucional sob pretextos falsos e mergulhou o País em trevas de tortura, assassinatos, estupros, etc, nos porões da ditadura que se instalou. Trevas que se estenderam a toda a América Latina.

O cenário é de guerra e a tendência é norte-americanos e o governo sionista de Israel chegarem às raias da loucura plena no afã de assegurar o modelo político e econômico falido.

As pessoas não enxergam isso na mídia privada. Todo um esforço vai ser feito para mostrar que as eleições no Egito significam um novo caminho para paz enquanto aviões despejam bombas no Afeganistão, tentam submeter o Paquistão e transferir a conta dessa insânia para países como o Brasil.

A afirmação feita por Ernesto Guevara que seria preciso criar mil vietnãs para o mundo se libertar do jugo capitalista parece próxima da realidade, num contexto de tempo e espaço diverso, mas real, de que é preciso criar mil praças Tahir, mil protestos gregos, para derrubar um modelo falido, perverso e capaz de tudo o que se possa imaginar de abominável.

Essa percepção se estende inclusive a alguns países da Europa. Itália, Grécia, Portugal, França, Irlanda, como acontece nos EUA, onde 20 milhões de indigentes fazem coro ao movimento OCUPA WALL STREET, um dos três mais importantes centros de toda a barbárie dos dias de hoje. O Pentágono (e suas empresas contratadas na história da terceirização da boçalidade) e Tel Aviv são os dois outros.

Não é só uma escolha de egípcios. É de todos os povos do mundo.

Ou as ruas para fazer ruir esse modelo carcomido, podre, corrupto e excludente, ou as senzalas da escravidão na sociedade do espetáculo e toda a iluminação feérica do Natal que para muitos povos do mundo vai ser a da explosão de bombas e centenas de milhares de mortos e feridos na sanha democrata/capitalista.

Não existe outra alternativa.


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