A elite paulista, a princípio agastada com o fato do “imperador” não visitar São Paulo, lotou os aviões da ponte aérea para assistir contrita e de joelhos a fala terrorista no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Às dez horas da manhã alguns bem postos empresários paulistas e d’outras bandas já estavam na fila da revista à frente do Teatro na sofreguidão de mostrar serviço e disposição para obedecer.
Aquele negócio de colocar os braços levantados contra a parede enquanto a turma checa se existe algum artefato ou prospecto hostil ao terrorista Barack Obama. É tudo uma questão de frenesi patriótico.
As criticas paulistas (um país vizinho e que fala a mesma língua) começaram a pipocar quando o esquema do “grandioso espetáculo” virou foguete molhado e só espirrou.
Quem vai prender os agentes norte-americanos que, em território brasileiro, submeteram quatro ministros panacas a uma revista humilhante para o País e os brasileiros? Para eles nem tanto, estão acostumados a beija mão, beija pé, quando se trata de poderosos.
Só saíram depois das humilhações e quando perceberam que não tinham privilégios em relação aos outros convidados para ouvir o discurso do terrorista norte-americano.
E a presidente? A mídia registra que Dilma Rousseff estava ao lado de Obama quando o genocida autorizou o ataque à Líbia e não disse uma palavra. E o Brasil se absteve de votar a resolução que autorizou a ONU a criar o tal num sei o que aéreo. Lembrei agora, ZONA. Nada a ver com ZONA DE BAIXO MERETRÍCIO que isso é lugar de respeito. Todos os aparelhos de tevê são desligados nos horários do JORNAL NACIONAL e do BIG BROTHER.
Não importa se cidadãos líbios vierem a morrer por conta do poderio militar de potências terroristas à frente os Estados Unidos. Importa preservar os campos e as instalações da indústria petrolífera, evitar que fiquem com os líbios. É esse o objetivo real da missão “humanitária” da ONU.
Ângela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, ao lado de Lula, na visita do presidente brasileiro àquele país, condenou o Irã por estar, segundo ela, buscando desenvolver armas nucleares. De pronto Lula respondeu que para pedir o que os EUA e outros países estavam pedindo era preciso ter moral, ou seja, não ter armas nucleares. Colônia norte-americana desde o fim da IIª Grande Guerra a Alemanha abriga bases da OTAN com múltiplas ogivas carregadas de armas nucleares.
Dilma ficou calada, nem piou, apenas sorriu no deslumbramento do poder, quando Obama pediu licencinha e autorizou mais um genocídio contra árabes.
A presidente dá a sensação que mergulhou sem os devidos cuidados e passou da zona limite, entrou em estado de euforia e acha que pode dançar o baião de dois com o terrorista branco engraxado de preto. Negro é outra coisa. Foi um dos pratos do almoço oferecido a um criminoso internacional no Palácio do Itamaraty.
A senhora Patriota, que é norte-americana de nascimento, brasileira naturalizada, mora na Colômbia, é funcionária da ONU, não gosta de Chávez e segundo a mídia mantém “um casamento à distância” com o chanceler brasileiro Anthony Patriot, ia explicando tudo a Michelle Obama e em inglês fluente.
Um bando de senhoras e senhoritas, ao mesmo tempo e em uníssono, suspirava diante da elegância da primeira-dama do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, desesperadas para saber a marca do batom.
Todo esse show de subserviência começou a ser arquitetado nos corredores da REDE GLOBO. A idéia dos “mentores intelectuais” de Hillary Clinton nessas bandas brasileiras era promover um espetáculo de tal ordem que o mito Lula terminasse sepultado sem direito a salva de canhão, ou coisa que o valha e o mito Obama fosse introduzido (opa!) no Brasil e brasileiros.
Seduzir a presidente a embarcar nessa canoa furada foi o de menos. Um mimo aqui, outro ali, programa de Ana Maria Braga, uma omelete e Dilma já imagina que a dita cuja omelete é parte do cardápio diário do brasileiro em homenagem a ela.
Sérgio Cabral e Eduardo Paes, respectivamente governador do estado e prefeito do Rio de Janeiro não seriam problemas. Um “negócio” a mais.
Fechado o acordo com os “mentores intelectuais” do terrorista em Washington, a pantomima começou a ser armada. Uma rápida estadia em Brasília e como disse o jornal argentino LA NACIÓN “um prolongamento do carnaval carioca, para receber Obama”.
Deu tudo errado a despeito das imagens mostradas pelas redes de tevê privadas e das notícias noticiadas pela mídia impressa ou ditas nas rádios.
Lula deu uma banana para Obama. No máximo Collor, Sarney e FHC figuras respeitadíssimas no mundo do crime. E o patético Itamar Franco, que até hoje acredita que foi presidente da República.
O comício na Cinelândia, a apoteose, acabou sendo cancelado, o medo das vaias, dos protestos, a reação de ponderável parcela da população do Rio que, num grito só espantou os organizadores – “alto lá isso aqui não é São Paulo”. Falo da São Paulo FIESP/DASLU.
A visita a Cidade de Deus durou vinte minutos, Obama não sabe nem fazer embaixadinhas e em cada laje um atirador de elite para o caso de algum morador ensaiar um gesto ou uma palavra que pudesse desagradar o terrorista.
E tome bomba nos líbios. No Iêmen não. O governo lá matou cinqüenta e duas pessoas que protestavam contra a ditadura, mas a ditadura é aliada do conglomerado.
Existem não sei quantas resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança com sanções contra Israel, mas Israel é sócia privilegiada do conglomerado, aí pode matar palestinos, roubar água, invadir terras, prender, torturar, estuprar, seqüestrar, etc, que é tudo em nome da democracia.
As mudanças na agenda de Obama foram apenas ajustes no roteiro do filme A FARSA DA DEMOCRACIA. E enquanto iam mudando o terrorista recolhia-se ao seu camarim no hotel, aguardava novas instruções e recebia informações sobre os campos petrolíferos da Líbia.
Zona de exclusão aérea é zona de “meus negócios seguros”. Coisa assim como parte da militância do PT (cada vez mais PSDB) carregando as pedras da história do partido, despedaçada pela incontinência e inconsequência dos chapas brancas, todos colocadinhos em mesas burocráticas com carimbos, clips, salários, etc, um monte de consultorias, palavrinha mágica para mutreta. E, ia me esquecendo, pronto a serem revistados a qualquer hora e a qualquer momento.
Matar líbios, afegãos, iraquianos, palestinos, derrubar governos (Honduras) isso é o dia a dia do crime organizado no mundo globalizado, do terrorismo em forma de sociedade anônima, mas com um sócio majoritário capaz de destruir o mundo cem vezes com seu arsenal de boçalidade.
O problema agora é saber se a turma que quis esculhambar o País nesse fim de semana vai carregar Dilma até o fim, ou vai tentar alternativas diferentes. Ninguém vai aguentar a presidente toda semana recebendo Shakira, no programa de Ana Maria Braga, na Hebe, esses trens que assombram o brasileiro pelo alto conteúdo educativo, etc, etc.
A elite econômica do Brasil já percebeu que os programas sociais criados no governo Lula podem servir para garantir o poder, o lucro nosso de cada dia, basta cooptar quem tem a chave do cofre. Foi o que fizeram.
A revista aos ministros e ao presidente do Banco Central foi um tapa na cara de cada brasileiro. Dos ministros e do presidente do BC não. Estão acostumados a tirar os sapatos para o poder.
Convenceram Dilma que a presidente é uma grande líder e pode ascender aos céus ao final de seu mandato.
E ela acreditou. Está aí o problema, está aí o perigo.