1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)

minya 1Egito - Esquerda - Na maior condenação em massa à pena capital na história moderna do Egito, um tribunal condenou à morte 529 pessoas. O regime que se prepara para escolher o general Al-Sisi como presidente da República considera que a Irmandade Muçulmana é um grupo "terrorista", o tribunal aplicou a orientação do regime.


Foto: Junto ao Tribunal Penal de Minya, que condenou à morte 529 membros da Irmandade Muçulmana, as ruas foram bloqueadas pela polícia.

Um tribunal egípcio condenou à morte 529 membros da Irmandade Muçulmana nesta segunda-feira (24/03), sob acusações de homicídio e outros crimes contra o governo. Presidido pelo juiz Said Youssef, o julgamento começou no sábado (22/03) na cidade de Minya, ao sul do Cairo, e absolveu 16 partidários.

O veredito representa a maior condenação em massa à pena capital na história moderna do Egito, segundo advogados envolvidos no caso, e deve contribuir para um aumento da instabilidade no país.

"Este é o processo mais rápido e o número de sentenciados à morte é o maior na história do Judiciário", afirmou um dos advogados de defesa dos líderes da Irmandade Nabil Abdel Salam, à Reuters. Os mais de 500 condenados podem recorrer.

A maioria dos detidos foi acusada de realizar uma série de ataques a edifícios do governo e vandalismo em esquadras da polícia - confronto em protesto pela violenta dispersão forçada pelos polícias em dois acampamentos da organização no Cairo no dia 14 de agosto de 2013. Na ocasião, a maioria dos réus hoje havia sido presa.

Em protesto, simpatizantes dos condenados atearam fogo a uma escola nas proximidades da corte, informou a televisão estatal.

Para grupos de direitos humanos, as autoridades egípcias pretendem pressionar a oposição. "Um estudante do segundo ano na faculdade de direito jamais iria emitir este veredito", disse Mohamed Zaree, um dos diretores do Instituto para Estudos de Direitos Humanos do Cairo, à Reuters.

A turbulência no Egito ganhou novas proporções no dia 3 de julho, quando o Exército realizou um golpe militar contra o primeiro presidente democraticamente eleito da história do país, Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana. Desde então, milhares de seguidores do grupo foram detidos e dezenas deles condenados, mas até agora a pena de morte não tinha sido decretada.

A Irmandade Muçulmana foi fundada no Egito em 1928 com a intenção de defender os ensinamentos e as regras do Corão e renunciou à violência no fim dos anos 70. Embora perseguida, manteve a sua atividade sob o regime de Mubarak e desempenhou um importante papel na revolta da "primavera árabe" a partir da Praça Tahrir, formando uma aliança com os democratas para depor Mubarak.

Com informações do Opera Mundi.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.