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desempregoEstados Unidos - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] O que está por trás da fraudulenta campanha da imprensa imperialista?


Manipulados, os dados oficiais mostram que existiriam oito milhões de desempregados nos EUA. Foto: Steve Baker (CC BY-ND 2.0)

De acordo com as notícias divulgadas pela imprensa imperialista, a economia norte-americana teria gerado 173 mil novas vagas de emprego no mês de agosto e 245 mil nos meses de junho e julho. A taxa de desemprego seria de 5,1% da força de trabalho, a mais baixa desde abril de 2008. Para os padrões capitalistas, a estatística já poderia ser considerada como uma situação de pleno emprego e, portanto, as taxas de juros poderiam ser aumentadas.

De acordo com os dados oficiais, existiriam oito milhões de desempregados, dos quais 28% seriam desempregados de longa duração; 1,8 milhão se encontrariam fora do mercado de trabalho e 6,5 milhões trabalhariam em período parcial devido à falta de opções, aumentando o percentual para 10,3%. Se trata de uma campanha dos grandes capitalistas ligados diretamente à especulação financeira que tentam pressionar a Reserva Federal para que seja aumentada a taxa de juros. Com a crise na China, a partir da queda da Bolsa de Xangai e a desvalorização do iuane, o aumento dos juros nos Estados Unidos, que era dado como um fato na reunião que aconteceu nos dias 17 e 18 de setembro, agora se encontra em questão.

Ainda, de acordo com o chamado Livro Bege da Reserva Federal (o banco central norte-americano), na maior parte das regiões dos Estados Unidos a economia estaria crescendo de maneira sólida. As únicas regiões afetadas seriam as que estão vinculadas aos preços da energia.

As empresas estariam enfrentando, cada vez mais, dificuldades para preencher as vagas de trabalho. No primeiro semestre deste ano, o PIB teria crescido acima dos 3% e a inflação se encontraria em torno aos 2%.

A pressão dos especuladores pelo aumento da taxa de juros

Na realidade, além da propaganda demagógica, a situação se encontra muito longe dessas fantasias. A campanha tem como objetivo pressionar pelo aumento das taxas de juros. Por quê? Devido à disparada do parasitismo financeiro, o mercado de títulos podres movimenta hoje algo em torno aos US$ 6 trilhões. Por causa da política de quantitative easing (ou alívio quantitativo), aplicada no período anterior, as taxas de lucros desses títulos despencaram de 15% para menos de 4%. A compra de trilhões de títulos financeiros pelo valor de face, apesar de que no mercado eram negociados por menos da metade, além da contração desse “mercado”, levou a que mais de US$ 2 trilhões desses títulos tenham ficado nas mãos da Reserva Federal.

O grosso dos chamados “ativos” dos monopólios estão formados por títulos financeiros que, cada vez mais, têm perdido o valor devido à disparada da especulação financeira sustentada pelos repasses de recursos públicos.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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