A apenas 11 dias do referendo, os independentistas lideram pela primeira vez as sondagens, com 51% dos votos, segundo avançou o Sunday Times no domingo (7).
Estes resultados traduzem um crescimento acentuado do apoio à autodeterminação da Escócia, já que, a 7 de agosto passado, o instituto YouGov apontava para 61% a favor do "não" e 39% pelo "sim", ou seja, uma diferença de 22 pontos percentuais.
Segundo a vice-primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, o apoio ao "sim" está a crescer especialmente entre eleitores do Partido Trabalhista e mulheres, ou visto doutra forma, muitas pessoas que antes se declaravam de "indecisas". A representante do Partido Nacional Escocês alertou, contudo, que "se trata apenas de uma sondagem" e que é necessário "redobrar esforços".
Já o líder da campanha Better Together, defensores de manter a união, Alistair Darling, afirmou que "esta sondagem pode e deve servir como um alerta para todos aqueles que achavam que o referendo já estava decidido".
O influente Rupert Murdoch, chefe da News Corp, frisou que os resultados do inquérito conduzido pelo YouGov revelam que "está tudo por decidir" e que "a independência da Escócia representa um enorme revés para o establishment político, sobretudo para Cameron [premiê britânico, conservador] e Milliband [líder da oposição britânica, trabalhista]".
Após a divulgação da sondagem da YouGov, o ministro das Finanças britânico, George Osborne, garantiu a modo de contra-oferta que apresentará, nos próximos dias, um plano para oferecer maior autonomia à Escócia caso os escoceses votem não no referendo de 18 de setembro.