Nesse mesmo ano, The Jerusalem Post deu a opinião que, graças à gestão de Juan Manuel Santos, as relações entre Israel e a Colômbia tinham importância estratégica, já que Telavive se tinha convertido num dos principais fornecedores de armas e treino militar para combater a insurreição do país neogranadino.
Fontes do Exército israelense confirmaram que alguns do seus ex-oficiais superiores treinavam forças colombianas.
O diário israelense Maariv disse numa reportagem que militares na reserva trabalhavam com as suas empresas como mercenários, e oferecem os seus serviços por salários entre os 5.000 e os 8.000 dólares mensais.
No relato biográfico escrito por Maurício Aranguren, o chefe paramilitar Carlos Castaño afirmou que, em 1983, foi clandestinamente treinado em Israel para organizar a sua própria organização terrorista na Colômbia.
«Sob a cobertura de um estudante de ciências na Universidade Hebreia de Jerusalém, liguei-me a um grupo de outros latino-americanos durante um ano numa "escola privada" onde, ao abrigo de um programa secreto com o número de código 562, alguns veteranos do Exército israelense instruíram o grupo nos detalhes da guerra, da geopolítica, do comércio internacional de armas, como comprar espingardas, operações psicológicas e contra-terrorismo e os fundamentos das armas nucleares», escreve-se no livro.
Procurados pela Interpol
«Por solicitação do governo colombiano, em 2002 a Interpol emitiu três mandatos de captura. Actuei com licença e permissão da Colômbia».
Em 2008, Klein foi capturado em Moscovo. A Colômbia pediu a sua extradição. Em Abril deste ano, o Tribunal Europeu dos Direitos do Humanos recusou a entrega de Klein à justiça colombiana porque «corria o risco de ser torturado».
Na Colômbia actuam mercenários e assessores israelenses contratados directamente pelo Executivo.
Na base de Tolemaida, em Cundinamarca, encontra-se um grupo de elite israelense. Devido às críticas que despertaram estas contratações, o então ministrop Juan Manuel santos reiterou à revista Semana: «Eles não têm nada a ver com operações».
Tudo aponta para a reestruturação da inteligência. Tolemaida é é uma das sete bases militares previstas pelo acordo de segurança com os Estados Unidos.
Organizações dos direitos humanos denunciaram a crueldade das práticas que os comandos israelenses ensinaram às autodefesas colombianas. A activista Gladys Olivero, de Colombianos e Colombianas pela Paz expressou: «O ataque á Flotilha da Liberdade é uma prova mais do apodrecimento do sionismo internacional que estendeu os seus tentáculos a todos os apíses do mundo e, através de organismos como a Mossad, está a actuar na América latina e no Caribe. Na Colômbia minaram a colocação de espias e estão a amparar e treinar o paramilitarismo.
As criminosas práticas dos serviços israelenses na Palestina são as mesmas que fazem na Colômbia.
Juan Manuel Santos, que provavelmente ganhará a segunda volta nas eleições presidenciais da Colômbia no próximo dia 20 de Junho, afirma sentir-se por dizerem que «a Colômbia é o Israel da América Latina».
* Membro da Comissão Política do Partido Comunista da Venezuela
Este texto foi publicado em:
www.correodelorinoco.gob.ve/wp-content/uploads/2010/06/WEB-CO-275.pdf
Tradução de José Paulo Gascão