O Exército ucraniano empreendeu fortes ataques militares contra as províncias separatistas de Lugansk e Donetsk, sobre as áreas controladas pelas milícias. O motivo do qual o governo golpista de Kiev se valeu para justificar a quebra da trégua foi o ataque a um micro-ônibus num posto de controle, localizado perto da cidade de Volnovakha, que teria deixado doze pessoas mortas. Os milicianos declararam que o ataque teria sido feito com morteiros pelo próprio Exército ucraniano. Os combates principais têm se concentrado no Aeroporto de Donetsk que os milicianos têm declarado que continuam controlando.
A falência da Ucrânia é um fato. A origem da intervenção tem na base o aprofundamento da crise capitalista que atingiu em cheio o País após a derrubada do governo nacionalista de Ianukóvich. A contração da economia, no ano passado, segundo os dados oficiais foi de 7,5%, e o nível é inferior ao de 2008. A inflação, oficial, foi de 7,5%. A desvalorização da moeda local, a hryvnia, atingiu 100%. O governo precisa desesperado de US$ 15 bilhões nas próximas semanas para continuar funcionando. O estado ucraniano tem se endividado cada vez mais.
Fábricas foram fechadas no Donbass, o aumento das tarifas de energia elétrica, a redução das pensões dos aposentados.
Líderes de batalhões fascistas têm se apresentado ameaçando o governo de Kiev de golpe de estado no caso de não tomarem medidas mais radicais.
O terrorismo dos golpistas contra a população civil
No leste e no sul da Ucrânia está sendo promovido um processo de genocídio contra a população. O massacre de Odessa, quando os fascistas incendiaram a Casa dos Sindicatos assassinaram pelo menos 100 pessoas de maneira bárbara.
A influência do governo russo tem como objetivo fundamental conter o desenvolvimento das tendências revolucionárias para a Rússia. Os guerrilheiros
O movimento popular gerado adquiriu três conotações principais. Os republicanos separatistas que querem criar as repúblicas independentes. Os anti-Kiev são os mais radicais antifascistas que buscam marchar até Kiev e depor os golpistas e toda a Ucrânia teria que ser libertada. Os mais moderados que querem a anexação pela Rússia e têm conflitos com as forcas mais radicais que atuam no front. O Plotinsky, o primeiro ministro de Lugansk pertence a esse grupo.
O UFSB, a inteligência estatal, atua mais como uma sexta coluna, até colaborando com Kiev. O GRU, a inteligência do Exército, mantém uma posição mais próxima aos rebeldes.
Se o Exército ucraniano tomar o Donbass o próximo passo seria tomar a Crimeia. Isso acirra os conflitos com a Rússia e torna a intervenção russa praticamente inevitável.
Muitas empresas no leste ucraniano foram estatizadas, em Lugansk e Donetsk, principalmente nos setores de indústria, mineração e mercado financeiros, e colocadas sobre o controle de conselhos populares.