No ano passado, este mesmo diário norte-americano revelava a existência de um francês chamado David Drugeon e o papel deste indivíduo dentro da organização da Al-Qaeda na Síria. McClatchy afirmava então que David Drugeon era membro dos serviços secretos franceses.
O Pentágono confirmou posteriormente que Drugeon era considerado como um alvo prioritário. Em Paris, o Ministério da Defesa francês apressou-se a declarar oficialmente que Drugeon nunca trabalhou a seu serviço.
No dia 6 de novembro de 2014, Fox News anunciava que David Drugeon havia morrido em um ataque norte-americano por meio de um drone [avião não tripulado] em Samarda, Síria. Fox News reiterava, naquele momento, que Drugeon trabalhava para os serviços secretos da França.
Em um artigo de seu correspondente no Iraque, o diário norte-americano McClatchy analisa as imagens e vídeos do ataque perpetrado em Paris contra a publicação satírica Charlie Hebdo. O diário conclui que os irmãos Kouachi têm experiência em situações de guerra ou que receberam ao menos algum tipo de treino militar. Também sugere uma possível responsabilidade dos serviços secretos franceses no caso dos irmãos Kouachi e, anteriormente, no caso de Mohammed Mehra.
O mencionado artigo de McClatchy figurava no dia 8 de janeiro de 2015 na revista de imprensa interna do Pentágono.
Nota
[1] Mohammed Merah, 26 anos, de nacionalidade francesa e descendente de imigrantes argelinos, suposto responsável pelas mortes de 7 pessoas em 3 ataques terroristas cometidos na França em março de 2012, foi abatido em seu apartamento pela polícia francesa após 30 horas de assédio.