Segundo a nota oficial da RPDC, "tornam-se cada vez mais expostas as manobras dos Estados Unidos no sentido de provocar a guerra na Península Coreana e região", com o agravamento da tensão por meio de exercícios militares.
As manobras militares realizadas em conjunto foram consideradas pela Coreia Popular como "grave provocação militar contra o país e crime imperdoável que destroi a paz e a segurança".
Segundo o governo da Coreia Popular, as manobras são chamadas na mídia ocidental como "anuais e defensivas", uma tática para desviar a atenção da opinião pública mundial, denominando também as contramedidas assumidas pela Coreia socialista como "ameaçadora e provocativa".
O país obteve apoio e simpatia dos vizinhos asiáticos no último Foro da Asean, realizado em Myanmar, por prevenir a piora da situação política e preparar um ambiente melhor e pacífico na Península Coreana.
Dois dias depois das declarações do foro, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, realizou reuniões com autoridades e diplomatas da Austrália, para acusar as medidas defensivas da RPDC por tentativa de "destruição da estabilidade de toda a região" e "grave preocupação".
A sua diatribe ocorreu por causa de lançamento de foguetes táticos por parte da Coreia Popular. Para Kerry, foi "uma ameaça" e, em seguida, prometeu dar continuidade aos exercícios bélicos com a Coreia do Sul.
O governo da Coreia Popular considera que os Estados Unidos, ao assumir essas posturas, não consideram como ameaças os exercícios de guerra realizados nos últimos 60 anos ao redor da Coreia Popular, desde a década de 1950, mas consideram lançamentos de mísseis de defesa e exercícios de teste por parte do vizinho como "ameaçadores".
Um dos exemplos utilizados por Pyongyang na denúncia é que entre os exercícios praticados pelos exércitos dos dois países, um deles é o desembarque de grande envergadura, para a ocupação de Pyongyang e também os de "passagem inesperada da linha de demarcação militar".
Também não considera nada agressivos os exercícios de "reconstrução das unidades administrativas depois da ocupação da Coreia do Norte", os de operações "especiais" contra as lideranças do país e outros.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, "é a realidade, inegável por ninguém, que os exercícios bélicos conjuntos sob pretexto da 'ameaça' de Pyongyang obedecem estritamente a estratégia dos Estados Unidos de dominarem todo o mundo após derrubar o governo da Coreia Popular e atacar o continente asiático usando a Península Coreana como cabeça de ponte.
O governo da Coreia Popular termina a nota afirmando que, "enquanto prosseguirem os exercícios de guerra nuclear para nos destruir militarmente, tomaremos regularmente as contramedidas de defesa, cada vez mais elevadas e imprevisíveis".