Os governos do Chile e do Peru expressaram, nesta terça-feira, a sua indignação com a escalada das operações militares israelenses em Gaza e reiteraram o seu apelo para por fim às hostilidades.
“Chile observa com grande preocupação e consternação as operações militares que não respeitam as regras fundamentais do direito humanitário internacional, como evidenciado pelas mais de 1.000 mortes de civis, incluindo mulheres e crianças, e pelo ataque a escolas e hospitais”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Chile em um comunicado.
O Ministério das Relações Exteriores do Peru, disse em um comunicado que “lamenta profundamente o rompimento do cessar-fogo e as novas operações militares israelenses em Gaza” e acredita que os recentes acontecimentos no Oriente Médio são uma “nova e reiterada afronta às regras elementares do direito internacional humanitário. ”
O Ministério das Relações Exteriores explicou que a decisão foi tomada em coordenação com governos de outros países da região e instou as partes a respeitar o cessar-fogo para permitir a implantação de apoio humanitário e a retomar as negociações que permitam um cesse permanente das hostilidades.
O Governo de El Salvador também chamou sua embaixadora em Israel, Susana Edith Gun Hasenson, para consultas ante o “bombardeio indiscriminado” realizado por esse país. O Ministério das Relações Exteriores de El Salvador disse que a decisão tem caráter de “urgência” e foi comandada pelo presidente Salvador, Sanchez Ceren.
O Equador foi o primeiro país a retirar seu embaixador de Israel ante a “gravidade da situação” que acontece na Faixa de Gaza. Em 18 de julho, Quito chamou a consultas imediatas o seu embaixador, William Basante. Cinco dias depois, o Brasil condenou veementemente o uso “desproporcional” da força por parte de Israel em Gaza e também chamou o seu embaixador.
Mercosul também se junta à condenação do massacre de palestinos na Faixa de Gaza
O Mercosul também se pronunciou contra a matança de palestinos na Faixa de Gaza, durante a cúpula em Caracas. Os líderes latinoamericanos condenaram veementemente o uso desproporcionado da força por parte de Israel.
“Condenamos a política criminal, de caráter genocida, e as ações bélicas do Governo de Israel contra o povo palestino, assassinando com aleivosia civis, incluindo mulheres e crianças. Neste sentido, exigimos ao Estado de Israel a suspensão do bombardeio, a ocupação e o bloqueio do território palestino. Além disso, chamamos os governos do Mercosul a adotar a medida de suspensão imediata do Acordo de Livre Comércio com o Estado de Israel”, assim ficou estipulado na declaração assinada hoje pelos países membros do bloco regional, de acordo às informações divulgadas pela agência Argnoticias.
A decisão foi apoiada pelos presidentes Nicolas Maduro, da Venezuela; Cristina Kirchner, da Argentina; Dilma Rousseff, do Brasil; José Mujica do Uruguai; Horacio Cartes, do Paraguai, e Evo Morales, da Bolívia.
O número de palestinos mortos nos 22 dias desde o início da operação israelense em Gaza já atingiu 1.200, enquanto 6.800 pessoas resultaram feridas. Um dos dias mais sangrentos ocorreu nesta terça-feira, quando 120 pessoas foram mortas. A ONU estima que mais de 215.000 palestinos foram forçados a deixar suas casas. Do lado israelense, 53 soldados foram mortos e três civis.