Trata-se do ponto de máxima violência no país africano desde o levante de 2011, que resultou na queda do ditador Muamar Kadafi.
Desde o dia 13 de julho, as milícias de Misrata iniciaram uma operação, com o intuito de expulsar do aeroporto as brigadas de Zintán, que assumiram controle do ponto estratégico com a queda de Kadafi. Os objetivos dos grupos rivais é obter maior influência política regional.
Sob a liderança interina de Abdallah Al-Thani, o governo da Líbia não conseguiu elaborar um Exército profissional capaz de se impor e de integrar os grupos armados que se desenvolveram em 2011. Tal incapacidade facilitou uma autonomia dessas brigadas, que cada vez mais desafiam as autoridades centrais em transição. Teme-se, com isso, que a instabilidade do país resulte em uma guerra civil.
Apenas nesta madrugada, a escalada de violência nos arredores resultou na morte de pelo menos 38 pessoas em combates entre o Exército e as milícias na cidade de Benghazi, na porção leste da Líbia, confirmam fontes à Reuters e à AFP. Além disso, 23 trabalhadores egípcios foram atingidos fatalmente por mísseis destes confrontos, aponta a agência estatal de notícias do Cairo.
No sábado (26/07), funcionários diplomáticos dos Estados Unidos evacuaram sua embaixada na Líbia e partiram para Tunísia, devido à proximidade dos combates. Além dos EUA, a ONU (Organização das Nações Unidas) e a Turquia também tiraram seus representantes do país nos últimos dias.